Setembro 28, 2015
Cântico do amor
Miguel Marujo
1 Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos,
se não tiver amor, sou como um bronze que soa
ou um címbalo que retine.
2 Ainda que eu tenha o dom da profecia
e conheça todos os mistérios e toda a ciência,
ainda que eu tenha tão grande fé que transporte montanhas,
se não tiver amor, nada sou.
3 Ainda que eu distribua todos os meus bens
e entregue o meu corpo para ser queimado,
se não tiver amor, de nada me aproveita.
4 O amor é paciente,
o amor é prestável,
não é invejoso,
não é arrogante nem orgulhoso,
5 nada faz de inconveniente,
não procura o seu próprio interesse,
não se irrita nem guarda ressentimento.
6 Não se alegra com a injustiça,
mas rejubila com a verdade.
7 Tudo desculpa, tudo crê,
tudo espera, tudo suporta.
8 O amor jamais passará.
As profecias terão o seu fim,
o dom das línguas terminará
e a ciência vai ser inútil.
9 Pois o nosso conhecimento é imperfeito
e também imperfeita é a nossa profecia.
10 Mas, quando vier o que é perfeito,
o que é imperfeito desaparecerá.
11 Quando eu era criança,
falava como criança,
pensava como criança,
raciocinava como criança.
Mas, quando me tornei homem,
deixei o que era próprio de criança.
12 Agora, vemos como num espelho,
de maneira confusa;
depois, veremos face a face.
Agora, conheço de modo imperfeito;
depois, conhecerei como sou conhecido.
13 Agora permanecem estas três coisas:
a fé, a esperança e o amor;
mas a maior de todas é o amor.
- ao meu Pai, no terceiro ano de saudade.