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Cibertúlia

Dúvidas, inquietações, provocações, amores, afectos e risos.

Setembro 11, 2016

agarrar-nos à vida depois da morte

Miguel Marujo

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Há um espanto permanente em cada uma das canções de Skeleton Tree, um sobressalto indizível (naquele que é já, para mim, o melhor álbum deste meu ano), seja em Jesus Alone ou I Need You, como em Magneto ou Girl In Amber, mas depois, quando entramos no penúltimo sopro deste novo álbum de Nick Cave and The Bad Seeds, Distant Sky, somos arrebatados por uma polifonia de afetos, a duas vozes (à de Cave junta-se a da soprano dinamarquesa Else Torp), num diálogo de companheiros feridos. E em que a vida assoma vestida de esperança aos nossos ouvidos...

«Let us go now, my only companion
Set out for the distant skies
Soon the children will be rising, will be rising
This is not for our eyes»

 

[o título deste post parte do título do texto de Vítor Belanciano para o Público]