Outubro 06, 2003
Satanás em Coimbra - ou de como alguma direita ainda nos faz chorar a rir!
Miguel Marujo
Não resisto a divulgar um artigo - que me chegou por e-mail, desse farol da nossa imprensa (não, caro JPH, não é o «Público»), que é «O Jornal de O Dia» -, escrito por Antero da Silva Resende, antigo presidente da Federação Portuguesa de Futebol e quase-putativo candidato à câmara de Lisboa por esses arautos da liberdade que são (os hoje desavindos irmãos) Manuel Monteiro e Paulo Portas (nos idos de 90)...
O texto mostra como alguma direita ainda nos faz chorar... a rir!
[Se Silva Resende conhecesse a Voz do Deserto, ó céus!]
SATANÁS EM COIMBRA. Por Antero da Silva Resende.
«Desde os seus começos na década de cinquenta que o movimento da música "rock" era suspeito de práticas ocultistas e pretensos misticismos orientais. Foi, no entanto com Elvis Presley que tomou, à laia de preparação imoral, o pleno significado de um rito animalesco e libidinoso, quando o nome da música foi confessadamente adaptado a práticas sexuais dentro dos automóveis e se compôs uma expressão retirada do calão americano.
"Rock'n'roll" passou a ser sinónimo de "fornicação", e Elvis Presley fazia essa exibição nos palcos com movimentos corporais adequados, a tal ponto que na gíria dos frequentadores o seu nome aparecia mudado para "Elvis Pelvis". Depois do seu suicídio, provocado pela sobredose de droga, em Agosto de 1977, apesar da degradação da sua imagem, os discos passaram a vender-se a ritmo alucinante entre a juventude, e o próprio "rock" não cessou de multiplicar em formas cada vez mais provocantes e selváticas: "hard rock", "heavy rock", "punk rock", "acid rock", todos eles com mensagens dirigidas à prostituição, à violência e à droga, e todos assentes numa tal intensidade de ruído, a mais de 100 decibéis, que além da destruição do cérebro excitam as pulsões sexuais - este efeito ampliado pela "stroboscopia", isto é, a alternância da escuridão e da luz intensa a ritmos frenéticos.
Coube aos "Beatles", por quem tantos amantes de música vertem prantos saudosos, a iniciativa confessa de integrar no "rock" o culto de Satanás, com o número designado por "Norwegian Wood", integrado no álbum "Rubber Soul". Isto inspirou um filme para a TV, chamado "Magical Mystery Tour", em 1968; e ainda o "Devil's White Album" (Álbum Branco do Diabo), cujo nome não deixa dúvidas sobre a sua natureza e seus fins: propagar o evangelho de Satanás.
Só muito mais tarde e já em nossos dias é que cientificamente se descobriu que tudo isto mais não era do que uma forma subtil de influenciar o psiquismo dos ouvintes ferindo-os abaixo do nível da consciência.
As mensagens subliminares que contêm obedecem a este catálogo, conforme apurou de ciência certa o padre Jean-Paul Regimbal, de Quebec, a quem se deve a denúncia desta praga diabólica que se infiltrou no seio da sociedade do nosso tempo e muito particularmente no seio da juventude:
- perversão sexual sob todas as formas;
- apelo à revolta contra a ordem estabelecida;
- incitamento ao suicídio;
- apelo à violência e ao crime de morte;
- consagração a Satanás.
Não precisamos de demonstrar os efeitos desta vaga demoníaca porque eles se sucedem na Humanidade, desde a perversão moral que deixa a perder de vista a aliança dos prostíbulos e das cloacas, até aos suicídios colectivos que rivalizam com as grandes tragédias que enlutam a Humanidade.
Aliás, o "beatle" mais responsável pelas músicas do grupo, acabou assassinado num café de Nova Iorque, às mãos de um satanista tornado instrumento da seita, como "punição" contra a exibição torpíssima desse "beatle" num palco de teatro a manter relações com a mulher no dia do casamento...
Como refere o mesmo autor, os temas das canções nunca se afastam desse modelo obrigatório: rebelião contra os pais, contra a sociedade e contra tudo o que existe; libertação de todos os instintos sexuais; apelo à anarquia para fazer triunfar no mundo o reino universal de Satanás.
Na verdade, porém, o processo ainda estava no começo. Em 1970 emergiam do anonimato os "Rolling Stones", que logo suplantaram os "Beatles" e sob o impulso de um sujeito chamado Mick Jagger, tomaram uma orientação ainda mais abertamente satânica, como se pode ver dos seus hinos a Satanás:
- Sympathy for Devil (Simpatia pelo Diabo);
- Dancing with Mister D (Dancemos com o senhor Diabo);
- To their Satanic Majesties (A Suas Majestades Satânicas).
Para ilustrar o programa, estes concertos contam no seu activo com violências inauditas, não raro mortos e feridos, e um clima de exaltação confundível com a loucura.
Lê-se na Enciclopédia Rock: "príncipes das trevas e campeões da música mais provocante, os Rolling Stones confirmaram desde 1967, a sua reputação luciferiana, com o trecho "passemos a noite juntos", que foi censurado devido às referências sexuais provocantes. Os incidentes escandalosos que sobrevieram levaram Jagger à prisão.
Todas as enormes tragédias que enlutam as sociedades modernas e que deixam de boca aberta aqueles mesmos que de boa fé duvidam da existência do Maligno, tantas vezes mencionado por Cristo que lhe chamou o "homicida desde o princípio", não deixaram de subir de tom à custa de outros grupos rivais e concorrentes dos "Rolling Stones", nomeadamente os "Pink Floyd" e os "Black Sabbath", tendo todos despertado uma "elite" de possessos diabólicos em que avulta o sempre falado Mick Jagger, que foi iniciado na entrega a Satanás por duas bruxas especialistas de práticas de magia: Marianne Faithfull e Anita Pallemberg.
Este último aspecto bem como os títulos de alguns trechos, merecem um esclarecimento suplementar.
Satanás não tem, por si mesmo, o poder de penetrar no santuário da consciência das pessoas. "De intimis solus Deus" - já assim se consagrava na filosofia e na teologia. Só Deus pode penetrar no recesso das almas.
Mas o homem pode consagrar-se, não apenas a Deus, mas por devoção que espelha a sua crença e a sua confiança na protecção do Céu, à Virgem Santíssima ou aos Santos Anjos, por exemplo, dando-lhes assim o poder da pertença, o oferecimento de todas as suas faculdades, como, aliás, consta de uma fórmula ainda muito em voga entre nós. Essa livre disposição que pode chegar à entrega total no acto de consagração é igualmente eficaz na consagração a Satanás, que desde então passa a comandar os pensamentos, as palavras e as obras dos que se lhe ofereceram. É de pensar que estes infelizes caídos nas malhas do Mal, nunca antes tinham suspeitado do acto de consagração, praticado no culto cristão. Mas o Diabo aspira ao senhorio do mundo e à conquista da Humanidade, nem que seja a macaquear a obra divina. É certamente de inspiração demoníaca esta consagração ao Anjo Caído que perpassa com suspeita insistência nos álbuns do "rock".
Significativa vem a ser também a caminhada dos portugueses até Coimbra onde acabam de aterrar os "Rolling Stones" e os seus velhinhos já a cair da tripeça, com ar esquálido e olhares vidrados pelo frio da vida que lhes anoitece.
A multidão e o delírio da comunicação social espelham os estragos morais e intelectuais já feitos no seio da nossa população, nomeadamente das gerações novas que podemos considerar em parte maior completamente perdidas. A passagem triunfal dos "Rolling Stones" é a contraprova do apodrecimento moral de populações de jovens e menos jovens tocados do vírus satânico. Almas viradas do avesso, buscam a felicidade nas emanações pantanosas dos vícios mais abjectos. Escolhem como ídolos indivíduos que se despojaram, nos braços do Diabo, de toda a dignidade humana. E ocupam os cérebros derrancados com mensagens subliminares que os impulsionam até às regiões desoladas da consciência, onde deixou de pulsar o afecto, a aspiração do belo, a esperança da luz e da verdade.
P.S.: a substância deste escrito não é nova. Já mais do que uma vez tratei este assunto em O DIA. Pretexto novo é esta visita dos "Rolling" e o alvoroço causado numa sociedade que vai à desfilada a caminho dos abismos.»
O texto mostra como alguma direita ainda nos faz chorar... a rir!
[Se Silva Resende conhecesse a Voz do Deserto, ó céus!]
SATANÁS EM COIMBRA. Por Antero da Silva Resende.
«Desde os seus começos na década de cinquenta que o movimento da música "rock" era suspeito de práticas ocultistas e pretensos misticismos orientais. Foi, no entanto com Elvis Presley que tomou, à laia de preparação imoral, o pleno significado de um rito animalesco e libidinoso, quando o nome da música foi confessadamente adaptado a práticas sexuais dentro dos automóveis e se compôs uma expressão retirada do calão americano.
"Rock'n'roll" passou a ser sinónimo de "fornicação", e Elvis Presley fazia essa exibição nos palcos com movimentos corporais adequados, a tal ponto que na gíria dos frequentadores o seu nome aparecia mudado para "Elvis Pelvis". Depois do seu suicídio, provocado pela sobredose de droga, em Agosto de 1977, apesar da degradação da sua imagem, os discos passaram a vender-se a ritmo alucinante entre a juventude, e o próprio "rock" não cessou de multiplicar em formas cada vez mais provocantes e selváticas: "hard rock", "heavy rock", "punk rock", "acid rock", todos eles com mensagens dirigidas à prostituição, à violência e à droga, e todos assentes numa tal intensidade de ruído, a mais de 100 decibéis, que além da destruição do cérebro excitam as pulsões sexuais - este efeito ampliado pela "stroboscopia", isto é, a alternância da escuridão e da luz intensa a ritmos frenéticos.
Coube aos "Beatles", por quem tantos amantes de música vertem prantos saudosos, a iniciativa confessa de integrar no "rock" o culto de Satanás, com o número designado por "Norwegian Wood", integrado no álbum "Rubber Soul". Isto inspirou um filme para a TV, chamado "Magical Mystery Tour", em 1968; e ainda o "Devil's White Album" (Álbum Branco do Diabo), cujo nome não deixa dúvidas sobre a sua natureza e seus fins: propagar o evangelho de Satanás.
Só muito mais tarde e já em nossos dias é que cientificamente se descobriu que tudo isto mais não era do que uma forma subtil de influenciar o psiquismo dos ouvintes ferindo-os abaixo do nível da consciência.
As mensagens subliminares que contêm obedecem a este catálogo, conforme apurou de ciência certa o padre Jean-Paul Regimbal, de Quebec, a quem se deve a denúncia desta praga diabólica que se infiltrou no seio da sociedade do nosso tempo e muito particularmente no seio da juventude:
- perversão sexual sob todas as formas;
- apelo à revolta contra a ordem estabelecida;
- incitamento ao suicídio;
- apelo à violência e ao crime de morte;
- consagração a Satanás.
Não precisamos de demonstrar os efeitos desta vaga demoníaca porque eles se sucedem na Humanidade, desde a perversão moral que deixa a perder de vista a aliança dos prostíbulos e das cloacas, até aos suicídios colectivos que rivalizam com as grandes tragédias que enlutam a Humanidade.
Aliás, o "beatle" mais responsável pelas músicas do grupo, acabou assassinado num café de Nova Iorque, às mãos de um satanista tornado instrumento da seita, como "punição" contra a exibição torpíssima desse "beatle" num palco de teatro a manter relações com a mulher no dia do casamento...
Como refere o mesmo autor, os temas das canções nunca se afastam desse modelo obrigatório: rebelião contra os pais, contra a sociedade e contra tudo o que existe; libertação de todos os instintos sexuais; apelo à anarquia para fazer triunfar no mundo o reino universal de Satanás.
Na verdade, porém, o processo ainda estava no começo. Em 1970 emergiam do anonimato os "Rolling Stones", que logo suplantaram os "Beatles" e sob o impulso de um sujeito chamado Mick Jagger, tomaram uma orientação ainda mais abertamente satânica, como se pode ver dos seus hinos a Satanás:
- Sympathy for Devil (Simpatia pelo Diabo);
- Dancing with Mister D (Dancemos com o senhor Diabo);
- To their Satanic Majesties (A Suas Majestades Satânicas).
Para ilustrar o programa, estes concertos contam no seu activo com violências inauditas, não raro mortos e feridos, e um clima de exaltação confundível com a loucura.
Lê-se na Enciclopédia Rock: "príncipes das trevas e campeões da música mais provocante, os Rolling Stones confirmaram desde 1967, a sua reputação luciferiana, com o trecho "passemos a noite juntos", que foi censurado devido às referências sexuais provocantes. Os incidentes escandalosos que sobrevieram levaram Jagger à prisão.
Todas as enormes tragédias que enlutam as sociedades modernas e que deixam de boca aberta aqueles mesmos que de boa fé duvidam da existência do Maligno, tantas vezes mencionado por Cristo que lhe chamou o "homicida desde o princípio", não deixaram de subir de tom à custa de outros grupos rivais e concorrentes dos "Rolling Stones", nomeadamente os "Pink Floyd" e os "Black Sabbath", tendo todos despertado uma "elite" de possessos diabólicos em que avulta o sempre falado Mick Jagger, que foi iniciado na entrega a Satanás por duas bruxas especialistas de práticas de magia: Marianne Faithfull e Anita Pallemberg.
Este último aspecto bem como os títulos de alguns trechos, merecem um esclarecimento suplementar.
Satanás não tem, por si mesmo, o poder de penetrar no santuário da consciência das pessoas. "De intimis solus Deus" - já assim se consagrava na filosofia e na teologia. Só Deus pode penetrar no recesso das almas.
Mas o homem pode consagrar-se, não apenas a Deus, mas por devoção que espelha a sua crença e a sua confiança na protecção do Céu, à Virgem Santíssima ou aos Santos Anjos, por exemplo, dando-lhes assim o poder da pertença, o oferecimento de todas as suas faculdades, como, aliás, consta de uma fórmula ainda muito em voga entre nós. Essa livre disposição que pode chegar à entrega total no acto de consagração é igualmente eficaz na consagração a Satanás, que desde então passa a comandar os pensamentos, as palavras e as obras dos que se lhe ofereceram. É de pensar que estes infelizes caídos nas malhas do Mal, nunca antes tinham suspeitado do acto de consagração, praticado no culto cristão. Mas o Diabo aspira ao senhorio do mundo e à conquista da Humanidade, nem que seja a macaquear a obra divina. É certamente de inspiração demoníaca esta consagração ao Anjo Caído que perpassa com suspeita insistência nos álbuns do "rock".
Significativa vem a ser também a caminhada dos portugueses até Coimbra onde acabam de aterrar os "Rolling Stones" e os seus velhinhos já a cair da tripeça, com ar esquálido e olhares vidrados pelo frio da vida que lhes anoitece.
A multidão e o delírio da comunicação social espelham os estragos morais e intelectuais já feitos no seio da nossa população, nomeadamente das gerações novas que podemos considerar em parte maior completamente perdidas. A passagem triunfal dos "Rolling Stones" é a contraprova do apodrecimento moral de populações de jovens e menos jovens tocados do vírus satânico. Almas viradas do avesso, buscam a felicidade nas emanações pantanosas dos vícios mais abjectos. Escolhem como ídolos indivíduos que se despojaram, nos braços do Diabo, de toda a dignidade humana. E ocupam os cérebros derrancados com mensagens subliminares que os impulsionam até às regiões desoladas da consciência, onde deixou de pulsar o afecto, a aspiração do belo, a esperança da luz e da verdade.
P.S.: a substância deste escrito não é nova. Já mais do que uma vez tratei este assunto em O DIA. Pretexto novo é esta visita dos "Rolling" e o alvoroço causado numa sociedade que vai à desfilada a caminho dos abismos.»