Julho 14, 2003
Flopes do Santana
Miguel Marujo
Da janela do meu escritório, vê-se um lindo esgoto a céu aberto... (A queixa foi feita em Fevereiro)
O azar do prédio onde vivo: esse esgoto é nas traseiras do edifício, pelo que não dá para pôr um cartaz maior que o prédio a dizer: «Aqui corria um esgoto a céu aberto. Agora não. Lisboa está mais linda!» - e a inevitável assinatura de Santana Lopes.
Mas na frente do meu prédio - de todos os prédios de Lisboa - continua a inevitável porcaria de cães e pessoas. As ruas estão mais porcas de há um ano para cá, e ninguém parece muito preocupado.
Outra assinatura de Santana: em Janeiro anunciou com pompa e circunstância que tinha "tratado" mais de 63 mil processos de obras e afins pendentes. O Público foi ver ao boletim municipal oficial, onde devem ser publicados esses licenciamentos, o número de processos despachados: pouco mais de 2 mil.
A imprensa - incluindo o próprio Público, que empurrou o artigo para o Local de Lisboa, sem chamada nenhuma de primeira página, nem nada (ó Zé Manel Fernandes!) - não ligou nenhuma a isto!
Santana pode afixar um cartaz na rua Viriato, junto ao edifício do Público: «Obrigado. Continuo a vender uma Lisboa que não existe».
O azar do prédio onde vivo: esse esgoto é nas traseiras do edifício, pelo que não dá para pôr um cartaz maior que o prédio a dizer: «Aqui corria um esgoto a céu aberto. Agora não. Lisboa está mais linda!» - e a inevitável assinatura de Santana Lopes.
Mas na frente do meu prédio - de todos os prédios de Lisboa - continua a inevitável porcaria de cães e pessoas. As ruas estão mais porcas de há um ano para cá, e ninguém parece muito preocupado.
Outra assinatura de Santana: em Janeiro anunciou com pompa e circunstância que tinha "tratado" mais de 63 mil processos de obras e afins pendentes. O Público foi ver ao boletim municipal oficial, onde devem ser publicados esses licenciamentos, o número de processos despachados: pouco mais de 2 mil.
A imprensa - incluindo o próprio Público, que empurrou o artigo para o Local de Lisboa, sem chamada nenhuma de primeira página, nem nada (ó Zé Manel Fernandes!) - não ligou nenhuma a isto!
Santana pode afixar um cartaz na rua Viriato, junto ao edifício do Público: «Obrigado. Continuo a vender uma Lisboa que não existe».