Setembro 22, 2003
Sem carros, sem ideias
Miguel Marujo
Hoje é dia sem carros. Quase ninguém nota. Este Governo mata todas as iniciativas que cheirem a esquerda (demagógica, como diz Pacheco Pereira no seu Abrupto na SIC), mesmo que visem apenas algo mais: "bater" na cabeça das pessoas que há maneiras diferentes de chegar ao trabalho. Não é o Canal 18 fechado às massas.
Hoje, o director do Público, critica o dia sem carros, sem novidade. Pedindo políticas sérias de alternativas ao transporte privado. Hipocrisia, digo eu. De quem não vai para o emprego de autocarro ou comboio, mas acha muito bem que o povo vá.
Aliás, o problema de «má relações públicas» deste dia sem carros reside (também) nos jornalistas, que não gostam de deixar o carro à porta de casa e fazem passar para a opinião pública a ideia de que este dia é um incómodo, o que este ano nem sequer é real (basta olhar para o mapa de "ruas fechadas" em Lisboa ou Porto, ou à volta destas duas cidades).
Hoje, o director do Público, critica o dia sem carros, sem novidade. Pedindo políticas sérias de alternativas ao transporte privado. Hipocrisia, digo eu. De quem não vai para o emprego de autocarro ou comboio, mas acha muito bem que o povo vá.
Aliás, o problema de «má relações públicas» deste dia sem carros reside (também) nos jornalistas, que não gostam de deixar o carro à porta de casa e fazem passar para a opinião pública a ideia de que este dia é um incómodo, o que este ano nem sequer é real (basta olhar para o mapa de "ruas fechadas" em Lisboa ou Porto, ou à volta destas duas cidades).