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Cibertúlia

Dúvidas, inquietações, provocações, amores, afectos e risos.

Agosto 06, 2003

FÉRIAS PRECISAM-SE...

Miguel Marujo

Antes de mais dizer (ainda) presente. Férias só para a segunda quinzena de Agosto.

Tal como o Miguel dizia, perante a catástrofe apetece pouco discorrer. Ou antes ou depois. Durante é complicado, corre-se o risco de reagir a frio, ainda sem os dados todos, chover no molhado, embora chover fosse uma dádiva dos céus por estes dias...

E, no entanto, dizer algumas coisas para que esta "posta" não seja só isto!



Bombeiros.

Imaginei há dias que se poderia reestruturar as Forças Armadas para incluir uma componente de combate aos fogos florestais. Brigadas de intervenção rápidas, treinadas segundo a disciplina militar, com tácticas, porque não dizê-lo, militares de combate ao fogo. Esse grupo de elite, tipo pára-comandos dos bombeiros, teria como mais-valia a eficiência máxima proporcionada pela hierarquia rígida dos militares (não há dúvida de quem manda); o "know-how" especializado, e em constante evolução, das últimas de técnicas de combate; a responsabilidade de coordenar os restantes intervenientes: bombeiros municipais, voluntários, aviões e helicópteros, população...

Estamos a viver uma Guerra, meus senhores! Uma guerra com um inimigo que não dá tréguas!

"Prontos, tábem", mas pelo menos um bocado mais de organização entre Protecção Civil, Bombeiros, Exército, Governo, Presidentes de Associações disto e daquilo, população, jornalistas... bloguistas...



Foguetes.

Apontados como uma das possíveis causas dos fogos. O governo já proibiu, as pessoas não sabem e têm licença... o Sporting já cancelou o fogo-de-artifício da festarola de hoje à noite.

O problema é que a tradição vale muito e qualquer festa que se preze tem de ter foguetes.

Pois eu tenho uma proposta, que imaginei depois de ler outra do Pacheco Pereira no Abrupto (o seu a seu dono). Um dispositivo, atado a uma cana perfeitamente normal, que prescindisse de utilizar técnicas de pirotecnia para se elevar e fazer luz e barulho. Para tal a cana seria lançada através de uma maquineta simples, tipo tiro ao pratos. O dispositivo na ponta da cana consistiria de um flash, normal de máquina fotográfica, de um dispositivo sonoro de reprodução (com colunas de som) e de um temporizador que se encarregava de accionar as anteriores características de forma coordenada. E já me estava a esquecer de um pequeno recipiente com pó para simular o fumo. A coisa bem feita e ninguém notava a diferença. E com um elástico atado, tipo "bungee-jumping", seria um dispositivo re-utilizável. Mais tarde poderia substituir-se a normal banda-sonora "PAM Ranta-pam" por um "PAM Rantam PAM pam RanTAM pam".

E já estou a imaginar um foguete com sons "polifónicos"...



Não liguem. O ano já vai comprido e estes delírios são cada vez mais frequentes.

FÉRIAS PRECISAM-SE JÁ!