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Cibertúlia

Dúvidas, inquietações, provocações, amores, afectos e risos.

Agosto 20, 2003

Da terra onde emana o leite e o mel (II)

Miguel Marujo

Agora não se diga mais entre nós «deixa-me»,

e nenhum dos nossos corações se afaste.

Eu irei para onde fores

e da tua morada faço também a minha.

Os teus irmãos e companheiros hoje recebo como meus,

o Deus da tua juventude, eu o amo profundamente.

E quando por fim a morte nos visite

quero morrer na terra em que morreres

e ser sepultada perto de ti.

O Senhor sabe: a vida me tratará com tristes rigores

se outra coisa que não a morte

esconda dos meus olhos a graça do teu rosto tão amado.




Livro de Rute (1, 16-17), na tradução de José Tolentino Mendonça (A Rosa do Mundo, Assírio e Alvim).