Fevereiro 18, 2007
Carta aberta a uns senhores que não me querem ouvir - os bispos de Portugal
Miguel Marujo
Retirado da mundaneidade, e numa breve pausa, longe de muita coisa, só agora vejo o texto dos bispos portugueses sobre o referendo. É impressão minha ou os bispos convidam-me a sair da Igreja, se não reflectir para o lado deles - o da "verdade revelada e da doutrina da Igreja"? Não, não saio. Apetece-me andar por aqui a meter um pauzinho na engrenagem. Nestas coisas, senhores bispos, que não são de verdade revelada, nem de doutrina, julgo ser importante discutir - o que os senhores não fazem! - os fundamentos cristãos de quem viu no Sim a resposta mais adequada.
E sinceramente, gostava que esta verdade revelada fosse também examinada por cada um de vós. Em tempos, o (ainda) bispo do Funchal disse-me (numa reunião com dirigentes do MCE) que "isso dos pobres é lá em África". Quando lhe apontei para Câmara de Lobos, D. Teodoro (que sempre pactuou com o Governo Jardim) fez de conta que isso não eram coisas para estudantes discutirem. Pois é, a verdade revelada dos senhores bispos escolhe muito bem os campos que gosta de lutar! Ámen.
E sinceramente, gostava que esta verdade revelada fosse também examinada por cada um de vós. Em tempos, o (ainda) bispo do Funchal disse-me (numa reunião com dirigentes do MCE) que "isso dos pobres é lá em África". Quando lhe apontei para Câmara de Lobos, D. Teodoro (que sempre pactuou com o Governo Jardim) fez de conta que isso não eram coisas para estudantes discutirem. Pois é, a verdade revelada dos senhores bispos escolhe muito bem os campos que gosta de lutar! Ámen.