Dezembro 09, 2003
De que fala Soares quando pergunta pela Madeira sobre pedofilia?
Miguel Marujo
Não sei de que fala Soares, também caro jmf. Mas lembro-me, como se fosse hoje, de um encontro que tive há muito tempo, em 1992, nos anos eufóricos do cavaquismo.
Estava no Funchal, e pela mão do Edgar (com outros professores e psicólogos do MAC - Movimento do Apostolado da Criança, um movimento da Igreja de que o bispo Teodoro e o presidente madeirense Alberto João gostavam pouco) fui almoçar com os "miúdos das caixinhas". Que é como quem diz raparigas e rapazes, com 6, 8, 10, 15, 20 anos (as idades eram estas, os rostos ainda os lembro hoje), que pediam - e devem continuar a pedir - esmola junto à Sé do Funchal ou vendiam - sim, muitas vezes, e devem continuar a fazê-lo com outros nomes, as mesmas idades - o corpo aos turistas no Lido.
Aqui, a pedofilia tem um outro nome, escondido para baixo do tapete do desenvolvimento jardinista: chama-se dólar, libra ou o dinheiro que o parta. Na minha memória, chama(va)-se Sónia, Bruno...
Estava no Funchal, e pela mão do Edgar (com outros professores e psicólogos do MAC - Movimento do Apostolado da Criança, um movimento da Igreja de que o bispo Teodoro e o presidente madeirense Alberto João gostavam pouco) fui almoçar com os "miúdos das caixinhas". Que é como quem diz raparigas e rapazes, com 6, 8, 10, 15, 20 anos (as idades eram estas, os rostos ainda os lembro hoje), que pediam - e devem continuar a pedir - esmola junto à Sé do Funchal ou vendiam - sim, muitas vezes, e devem continuar a fazê-lo com outros nomes, as mesmas idades - o corpo aos turistas no Lido.
Aqui, a pedofilia tem um outro nome, escondido para baixo do tapete do desenvolvimento jardinista: chama-se dólar, libra ou o dinheiro que o parta. Na minha memória, chama(va)-se Sónia, Bruno...