Março 11, 2014
Tantos errados para tão certa mente
Miguel Marujo
São 70 pessoas, que incluem Manuela Ferreira Leite, Bagão Félix, António Capucho, Adriano Moreira, Freitas do Amaral, Ferro Rodrigues, João Cravinho, Carvalho da Silva, Francisco Louçã, António Silva, da CIP, e João Vieira Lopes, da CCP, e ainda Braga da Cruz, Gomes Canotilho ou Sampaio da Nóvoa e Adriano Pimpão. Dizia eu, são 70 personalidades que não se confundem com perigosos radicais, nem insensatos extremistas e que assinaram um manifesto em que se pede algo inteligente: uma "reestruturação responsável da dívida" feita "no espaço institucional europeu, embora provavelmente a contragosto, designadamente dos responsáveis alemães". Porque é impossível manter esta austeridade pela austeridade.
E o que tem o primeiro-ministro a dizer sobre isto? "Se eu hoje quisesse pôr em causa o financiamento do País e destas políticas públicas, subscreveria o manifesto que hoje foi dado a conhecer e nessa medida tinha a certeza de estar a enviar a mensagem errada a todos aqueles que esperam que Portugal cumpra as suas realizações."
Depois não me venham dizer que não há alternativas. Há, haver há, mas quem manda não as quer, nem sequer aceita discuti-las.