Junho 25, 2013
em férias
Miguel Marujo
O ritmo dos dias mede-se agora em praia, descanso, mimos, leituras - e o que mais houver. Mas andamos atentos ao mundo. [foto MM/jun 2013]
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Junho 25, 2013
Miguel Marujo
O ritmo dos dias mede-se agora em praia, descanso, mimos, leituras - e o que mais houver. Mas andamos atentos ao mundo. [foto MM/jun 2013]
Junho 21, 2013
Miguel Marujo
Junho 20, 2013
Miguel Marujo
James Gandolfini (1961-2013).
Junho 20, 2013
Miguel Marujo
O que têm em comum Casper, Mickey Mouse e Smurfs?! Tinham nomes aportuguesados e hoje estão convertidos a uma unanimidade inglesa que não se percebe. Bem sei que Gasparzinho pode motivar pesadelos até nos mais pequenos, mas Rato Mickey e Estrumpfes são nomes que estavam mais do que entranhados no vocabulário e que alguém decidiu um dia verter para inglês... Bizarrias que não parecem comover um único defensor da ortografia antiga.
Junho 19, 2013
Miguel Marujo
É um fenómeno a merecer estudo: a suposta interatividade de muitas séries infantis, na qual as personagens interpelam (olhos nos olhos) os pequenos telespectadores sentados em casa, com perguntas ou pedidos de ajuda ou de movimentos. A Casa do Mickey, Dora, Jake e os Piratas da Terra do Nunca, Little Einsteins, Macaquinho de Imitação... o desfile deve continuar, mas estas vão sendo as minhas referências diárias. Os argumentistas devem achar que só assim captam a atenção deles, dos miúdos. Mas depois regressamos aos clássicos, da Cinderela ao velhinho Mickey, até a preto e branco, ou os inevitáveis Noddy e Ruca, e descubro o mesmo (ou maior) prazer em ver sem ter de "interagir" com o televisor.
Junho 17, 2013
Miguel Marujo
João Pinto e Castro era um economista com quem me cruzei primeiro nos blogues e a quem passei (sinal dos tempos) a prestar depois atenção nos jornais. Era daqueles que valia a pena ler, com textos fundamentados. Mesmo quando assinava de forma contida. Morreu este fim de semana, vi no Público, só depois no também seu Jugular. O melhor elogio que se lhe pode fazer é reproduzir o epitáfio que assinou em abril a políticas que corroem o melhor deste país - e dos outros.
Thatcher foi caso único de taxista a quem foi dada a possibilidade de efectivamente governar um país.
Uma experiência admirável com impacto duradouro na humilhação dos necessitados, concentração de recursos numa ínfima parte da população, degradação de serviços públicos, desregulação do sistema financeiro, instabilidade económica, aventureirismo militarista, injustiça cega e alastramento das desigualdades.
Junho 17, 2013
Miguel Marujo
De quando em vez decreta-se a morte dos blogues. Exagerada notícia. Mesmo que o facebook seja hoje a novilíngua blogosférica, os blogues não morreram. Mudaram de fito, especializaram-se, afinaram temas. A Cibertúlia é hoje espaço para a reflexão ponderada, que o facebook não pede. E ainda vai sendo tempo de descobrir novos blogues. Como o do David Dinis, o melhor editor com quem até hoje trabalhei - e que, com as nossas muitas discordâncias, me ajuda sempre a pensar mais e melhor. Mesmo para voltar a discordar.
Junho 14, 2013
Miguel Marujo
Junho 13, 2013
Miguel Marujo
Junho 12, 2013
Miguel Marujo
A memória é tramada. Tropecei por estes dias num texto da blogosfera, nos idos de 2003 (estávamos em outubro desse ano), governava uma coligação PSD/CDS, e o primeiro-ministro era vaiado... O texto foi escrito por um jornalista, que hoje é assessor de imprensa do... primeiro-ministro atual. É muito interessante de se ler.
«O que vale uma vaia como aquela que o primeiro-ministro recebeu na inauguração do novo estádio da Luz? Tem significado político suficiente para que Durão Barroso e o PSD metam as mãos à cabeça? Merece editoriais nos jonais e um fórum na TSF? Negar a importância da vaia é negar a realidade. Mas é preciso contextualizá-la, claro. A vaia aconteceu num clima de festa (mas, em Portugal, as “festas” e as homenagens são sempre contra alguém, como se sabe) e sucedeu a vaias ainda mais ruidosas endereçadas a Gilberto Madaíl e a Valentim Loureiro. Ou seja, a “autoridade” foi contestada, como parece ser de bom tom nos dias que vão correndo. Pedro Santana Lopes, também ele sportinguista como Durão Barroso (e como Jorge Sampaio, o único que passou incólume no novo “inferno” da Luz) conseguiu transformar a vaia em aplausos. Durão não teve a mesma sorte (começou até por escorregar nos degraus do púlpito) mas foi despedido com mais palmas e menos assobios. Todavia, foi um bocado patético ouvir Fialho Gouveia, o “speaker” de serviço no estádio (e ao ouvi-lo recuei 20 anos no tempo) apelar à boa educação da “família benfiquista”… Por falar em recuar no tempo… Quatro ou cinco dias antes do dia 25 de Abril de 1974, o então Presidente do Conselho, Marcello Caetano, foi entusiasticamente aplaudido de pé por uma multidão que enchia o estádio do Restelo. Passados poucos dias desta entusiática manifestação, em que muitos na altura viram um sinal de vitalidade do regime, Marcello Caetano seria obrigado a sair do Quartel do Carmo num “Chaimite”, rodeado de povo que pedia a sua cabeça. O mesmo povo que dias antes supostamente o venerava e que permitiu que ele morresse no Brasil num exílio sem glória.
O país (e o país somos todos nós) precisa de alternativas. Precisa de um PS forte, que fiscalize o Governo, que faça propostas, que represente uma esperança de mudança. De um PS que não se demita das suas obrigações. Isto não é uma declaração ideológica ou partidária – é uma simples questão de bom senso. Se a situação continua com está, ainda vamos ver o PSD a fazer um Governo-sombra ao seu próprio Governo de coligação. Candidatos a primeiro-ministro-sombra no PSD é coisa que não falta. Basta olhar à volta...»
Rui Baptista, in Suspeitos do Costume [sublinhados nossos]
Junho 11, 2013
Miguel Marujo
Cavaco Silva quis fazer o elogio da agricultura, para justificar as suas opções como primeiro-ministro em 1985-1995, enaltecendo a PAC e o mundo rural que nasceu do "velho". E para melhor comparar disse, em Elvas, que «ao atraso do mundo rural estava associado o atraso das suas populações, que viviam em condições precárias, com níveis de analfabetismo muito elevados. Não é preciso recuar muitos anos para reviver situações de miséria que persistiam em pleno século XX, e que, pela pena de autores como Alves Redol ou Manuel da Fonseca, a literatura neorrealista captou em páginas que ilustram o modo como se vivia – ou, antes, sobrevivia – nos campos de Portugal.» O que o Presidente não explicou é que essas páginas (que ficam bem citadas no Alentejo) eram dos anos 1940 e 50, em tempos de ditadura, pelo que descrever o mundo rural a partir de Redol e Fonseca, mesmo em 1986, é desonesto.
Junho 08, 2013
Miguel Marujo
Junho 07, 2013
Miguel Marujo
«Naturalmente é muito preocupante, sendo no entanto que o investimento no primeiro trimestre é adversamente afectado pelas condições meteorológicas no início do ano, que afectaram a actividade da construção», disse Vítor Gaspar, hoje, na Assembleia da República.
Junho 06, 2013
Miguel Marujo
«Não tenho sentimento nenhum político ou social. Tenho, porém, num sentido, um alto sentimento patriotico. Minha patria é a lingua portuguesa. Nada me pesaria que invadissem ou tomassem Portugal, desde que não me incommodassem pessoalmente. Mas odeio, com odio verdadeiro, com o unico odio que sinto, não quem escreve mal portuguez, não quem não sabe syntaxe, não quem escreve em orthographia simplificada, mas a pagina mal escripta, como pessoa própria, a syntaxe errada, como gente em que se bata, a orthographia sem ípsilon, como escarro directo que me enoja independentemente de quem o cuspisse.» Fernando Pessoa, Livro do Desassossego.
«Na palavra lagryma, (...) a forma da y é lacrymal; estabelece (...) a harmonia entre a sua expressão gráfica ou plástica e a sua expressão psicológica; substituindo-lhe o y pelo i é ofender as regras da Estética. Na palavra abysmo, é a forma do y que lhe dá profundidade, escuridão, mistério... Escrevê-la com i latino é fechar a boca do abysmo, é transformá-lo numa superfície banal.» Teixeira de Pascoaes, na revista A Águia, sobre a Reforma Ortográfica de 1911.
«Imaginem esta palavra, phase, escripta assim: fase. Não nos parece uma palavra, parece-nos um esqueleto (…). Affligimo-nos extraordinariamente quando pensamos que haveríamos de ser obrigados a escrever assim.» Alexandre Fontes, A Questão Ortographica.
Junho 05, 2013
Miguel Marujo
Nada de novo, afinal. Na sequência da primeira grande reforma ortográfica da língua portuguesa, de 1911, ficaram célebres as reações críticas de alguns dos seus mais acirrados oponentes. Fernando Pessoa recusou sempre em vida escrever “farmácia” ou “filosofia” sem os “ph”. E Teixeira de Pascoaes escreveu mesmo um texto antológico sobre o que se perdia com a substituição do “y” pelo “i” latino na palavra “abismo”. E havia ainda quem, um ano antes da entrada em vigor das novas regras depois da implantação da República, “imaginasse”, já, o que seria passar a escrever “fase”, em vez de “phase”: «Não nos parece uma palavra, parece-nos um esqueleto.» [José Mário Costa]
Junho 04, 2013
Miguel Marujo
Este blogue faz hoje
10
anos
(imagine-se: uma vida inteira)
Junho 04, 2013
Miguel Marujo
O Governo quer divulgar os nomes de quem mora em habitação social. Nós, por aqui, preferimos a sugestão de um anónimo comentador do Público: "Podiam até começar por divulgar a lista dos que têm rendimentos máximos, contas em off-shores e paraísos fiscais, carros pagos pelo dinheiro dos contribuintes, podiam também acabar com o sigilo bancário, e de facto, depois, se ainda tiverem coragem, podem coser uma estrela da cor que quiserem nas costas de quem tem habitação social."
Junho 03, 2013
Miguel Marujo
Junho 02, 2013
Miguel Marujo