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Cibertúlia

Dúvidas, inquietações, provocações, amores, afectos e risos.

Maio 30, 2012

Estas coisas são importantes, mas às vezes "escondem" notícias importantes. Como o novo aumento de impostos

Miguel Marujo

Maio 26, 2012

Duas famílias a expiarem memórias, duas famílias que são dois povos. Aos quadradinhos

Miguel Marujo



«A provocação é nossa. Cruzar num texto, este texto, as histórias de dois povos que se temem e se guerreiam nas palavras dos seus líderes. Histórias de opressão e morte, nos olhos e nos dias de duas famílias. Uma no Irão do xá e dos mulás. A outra judaica, na Polónia dos dias de chumbo que antecedem a Segunda Guerra Mundial, e depois no calvário longo até à morte anunciada dos campos nazis.» [do meu texto, hoje no suplemento QI, do Diário de Notícias (ed. impressa), sobre um olhar pela revolução islâmica no Irão em Persépolis e uma visão do Holocausto em Maus.]

Maio 22, 2012

O tempo e o modo

Miguel Marujo

Ficámos suspensos das palavras de Bernardo, a falar com ela, no post anterior. Entretanto, o país redescobre a anestesia de outros momentos, em que se veste o cachecol e se pendura a bandeirinha para assim se arrumar debaixo do tapete intromissões de vidas privadas, despedimentos de vidas provadas e austeridades de muitas privações e provações.

Maio 16, 2012

Somos todos gregos (II)

Miguel Marujo

O voto é uma coisa muito bonita de se exercer, mas (dizem-nos Durão, Merkel e mais uns quantos que andam a destruir a Europa há uns anos) desde que não seja para pôr em causa a... Europa. A deles, claro está. Que nuns casos não foi sufragada por ninguém e noutros só foi eleita por alguns. Que lhes importa isso.

Maio 12, 2012

Notas verbais

Miguel Marujo

«A generalidade dos nossos jovens licenciados, que têm hoje um nível de qualificações muitíssimo mais elevado do que alguma vez aconteceu na história portuguesa, preferem ser trabalhadores por conta de outrem do que serem empreendedores.»

- diz o rapaz que empreendeu toda a sua carreira profissional nas empresas do padrinho político.

 

«Estar desemprego não pode ser um sinal negativo. Despedir-se ou ser despedido não tem de ser um estigma. Tem de representar também uma oportunidade para mudar de vida.»

- diz o rapaz que podia começar por dar o exemplo, deixando de insultar os 1.200.000 de portugueses que andam à procuram de emprego.

Maio 11, 2012

Este portugal dos pequeninos

Miguel Marujo

Pergunta para bingo: o que não se diria e escreveria sobre os senhores que lá estavam antes se eles andassem a brincar aos aventais, com listas de supermercado e planos de reformas de serviços secretos feitos por privados com clara incompatibilidade?! Pois. O portugal dos pequeninos vive da verborreia do discurso único, sem admitir contraditório. Fosse num país civilizado, que eles tanto incensam, já os responsáveis estavam demitidos.

Maio 07, 2012

Ainda a MAC

Miguel Marujo

O Ministério da Saúde está a levar a cabo uma gigantesca campanha de mentira e desinformação sobre a Maternidade Alfredo da Costa, com o secretário de Estado da Sáude a mentir no Parlamento (ao referir uma taxa de ocupação na ordem dos 65%) e um administrador regional de Saúde a dizer que a maternidade funciona a meio gás (uma mentira tão grosseira que levaria à demissão de quem a proferiu num país civilizado). Perante isto, vêm os acólitos dos senhores instalados no Governo usar de retórica barata e face aos factos acusam quem os apresenta de ser... retórico. Haja paciência! Os piores cegos são aqueles que não querem ver, como bem se sabe.

Maio 03, 2012

Não há via do meio.

Miguel Marujo

Frei Fernando Ventura, no dia 1 de Maio, na SIC Notícias, transcrito pela jornalista Helena Teixeira da Silva (um saravá por este serviço público - o texto longo tem uma parte "escondida", mas basta clicar para ler a versão completa).

 

 

«Não é tempo de pendurar as esperanças no senhor do tempo, num qualquer messias. Este tempo é um ponto de chegada, um momento de antítese, dos ismos todos que não funcionaram à espera da síntese final. É um tempo em que a nossa missão é ser gente com gente para que cada vez mais gente seja gente. É o tempo da serenidade consciente, que terá de levar fatalmente à cidadania praticante. Eu tenho muito medo dos cidadãos não praticantes. É tempo de mobilizar a urgência urgente deste tempo. Não são os nossos governos que nos governam! Nós vivemos numa fatalidade edipiana de termos de bater no pai, mas o pai é pobre. Por ali não haverá salvação.

Quando vi as imagens do Pingo Doce, fiquei triste e alarmado. Vi isto na Venezuela, com o Chavez, exactamente o mesmo tipo de reacção. Fiquei com esta imagem como um ícone, ou como um contra ícone, uma mensagem de sinal contrário daquilo que é uma das urgências a descobrir hoje. Desde logo, querem convencer-nos que economia e finanças é a mesma coisa - e não é. As finanças serão uma pequena parte daquilo que é a economia, a gestão da casa, que tem de ser uma casa comum. Estamos confrontados com um discurso de inevitabilidades - que não existem!


Hoje, depois da manifestação, pensei: para que Emaús vai esta gente? Que esperança podemos trazer à História? Será que as centrais sindicais, a Igreja, as associações do bairro, não têm uma responsabilidade social? Têm! Têm que ter! A nossa resposta e o nosso grito não pode ser só enrolar a bandeira até à próxima manifestação ou até à próxima greve geral. É preciso sermos imaginativos e fazer outra coisa. Deixem-me ser profundamente demagógico agora: nós estamos todos com a corda ao pescoço. De cada vez que metemos gasolina, os nossos carros andam a impostos, 84% do que metemos no carro são impostos e aquilo anda. E os preços estão a subir, não porque a matéria prima esteja a subir, mas porque o consumo está a baixar. Isto é maquiavélico, um ciclo vicioso. Temos quatro companhias em Portugal a vender gasolina. O Governo já disse, pela activa e pela passiva, várias vezes, que não tem poder para mexer naquilo. O lobi está instalado. Mas nós temos maneira de mexer. Imagine que durante uma semana a CGTP e a UGT dizem: esta semana ninguém compra gasolina e gasóleo em duas destas marcas. Aqueles senhores, ao fim de uma semana, terão os preços mais baixos. E as outras duas vão ter que baixar também, por causa da concorrência. De cada vez que vou na auto-estrada sinto-me insultado. Porque é que gastaram aqueles milhões a colocar aqueles painéis sobre a informação de preços quando os preços são todos iguais? Isso é brincar!

Ou nos galvanizamos ou nos albanizamos! Não há via do meio.

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