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Cibertúlia

Dúvidas, inquietações, provocações, amores, afectos e risos.

Janeiro 11, 2011

Só não teve lata de voltar à Comissão de Honra de Cavaco Silva. Mas também deve achar que é a acção certa no dia 23...

Miguel Marujo

«É verdadeiramente surpreendente assistir ao regresso de João Rendeiro ao “espaço” mediático. Não pelo seu regresso: Rendeiro é livre de fazer o que entender e de se munir, como diz, de “lápis, folha A4, calculadora de bolso”. Mas pelo conteúdo: vem dar uma aula sobre banca; sobre o BPI; sobre o Banco de Portugal. O descaramento não tem limites. [...]» Pedro Santos Guerreiro, in Negócios.

Janeiro 10, 2011

E você, comprava um carro a este homem?

Miguel Marujo

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

«Infelizmente estamos a perder muito, muito dinheiro. Boa parte das nossas poupanças estão desaparecidas.» (Cavaco Silva, 3 de Junho de 2009). Estas frases são eloquentes: dizem-nos que o homem que diz ter a receita para salvar o País não sabe gerir as suas próprias poupanças. Estas frases dizem-nos mais: são o retrato de como Portugal foi governado durante os anos gordos dos dinheiros europeus. Sim, de 1985 a 1995, os anos de Cavaco-primeiro-ministro.

Janeiro 08, 2011

Contas

Miguel Marujo

Cavaco desfez-se da conta do BPN, não durante o consulado de Oliveira e Costa, a quem confiou vendas e compras de acções com lucros evidentes, mas sim já com o banco nacionalizado. Assim se percebe que o senhor tenha de criticar a administração actual e não a gestão criminosa dos seus (ex?)amigos.

Janeiro 06, 2011

Coisas demasiado óbvias

Miguel Marujo

«EARLY this month, a massive new railway tunnel opened for the first time. It was finished six months early and nearly 10% under budget. So by now you know this didn't happen in America (or Britain, for that matter.) No, this feat of modern engineering (and good government) was completed in the Swedish city of Malmö, just across the Oresund bridge from Copenhagen, Denmark.»

 

Duas notas: o exemplo escandinavo no tempo de execução e no orçamento, com a piada da Economist ao facto disto não ser possível na América ou na Grã-Bretanha (repare-se: a prestigiada revista não falou dos PIGS!); e o facto de em países desenvolvidos se apostar a sério no comboio para a mobilidade das pessoas.

[E um obrigado ao Luís, que de Copenhaga nos lembra que há um mundo onde isto é possível.]

Janeiro 06, 2011

Coisas óbvias

Miguel Marujo

Armas roubadas de um quartel dos comandos leva à questão óbvia: nem os militares de elite protegem ou estão imunes a tentações de dinheiros fáceis, apesar do que ganham. Pensar isto, é pensar - como o PCP - que devíamos voltar ao serviço militar obrigatório. Não. Pensar isto, é pensar ainda mais radicalmente: acabar-se com as Forças Armadas, fonte de despesismo (submarinos, blindados, armas) sem qualquer mais-valia para o país. As funções óbvias de soberania (protecção e controlo das águas territoriais, segurança do território) seriam adequadamente realizadas por um corpo de polícia marítima e terrestre. O resto, a fantasia do perigo invasor, é coisa do século passado. As fronteiras diluem-se, e as armas não merecem existir: o mundo seria um lugar muito mais seguro.

Janeiro 05, 2011

Apre!

Miguel Marujo

É Cavaco quem enche a boca com o bolo-rei da honestidade, mas furta-se a esclarecer honestamente os portugueses. A estes sai a fava da política turva que nunca se acha digna de esclarecimento.

Janeiro 03, 2011

Apocalipse

Miguel Marujo

Apocalypto é a visão de Mel Gibson para uma história maia que explora uma violência inusitada. A crueldade é humana, mas a natureza também se encarrega de trazer dor e horror, sem meias medidas. Gibson não é senhor de nuances: por exemplo, cada morte é graficamente mostrada. Já o tinha provado com A Paixão de Cristo, onde o sangue jorrado apenas sublinhava um ponto de vista ideológico sem necessidade histórica ou evangélica (o rapaz diz-se católico) ou narrativa. Agora, com este filme de 2006, que só hoje vejo, mais me convenço que há uma vontade cinematográfica que não se compagina com verdades históricas, apenas com necessidades fílmicas, e já agora (repito) ideológicas. Aqui não há lugar ao Outro. Logo: não há lugar à dimensão religiosa e espiritual do homem.

Janeiro 02, 2011

Pisa-papéis

Miguel Marujo

 

É frase feita: as gerações novas não sabem fazer contas - e os blogues de direita acolitados por guinotes, castilhos e fernandes vertem-no como verdade absoluta, desde que se omitam os dados do PISA (esse pisa-papéis só serve quando a OCDE malha na política educativa do Governo). Outra frase feita é, agora, apontar-se o dedo nesses mesmos blogues aos "15 anos de governos socialistas" que nos terão conduzido a esta espécie de abismo. Com este exemplo se descobre que, afinal, os nossos alunos têm pouco a aprender com esta luminárias pensantes: o PS governou em 12 dos últimos 15 anos, com um intervalo penoso de três anos do PSD-CDS. Pelo que se constata que o forte desta rapaziada não é a matemática. Ou isso ou acham que Durão-Portas-Santana foram membros de um perigoso governo socialista.

Janeiro 02, 2011

Não preciso de outdoors para nada. Tenho o Palácio de Belém

Miguel Marujo

 

«Em 1991, o então Presidente da República e candidato a um segundo mandato em Belém, Mário Soares, pediu ao presidente da Assembleia da República da altura, Vítor Crespo, que fosse ele a ler a mensagem de Ano Novo aos portugueses. Soares fez saber à comunicação social que queria "evitar confusões entre os seus dois estatutos: o de efectivo e candidato presidencial". [...] Dez anos depois, em 1991, Jorge Sampaio na mesma condição de Chefe do Estado e recandidato à Presidência da República tomou uma decisão ainda mais radical. Decidiu manter-se em silêncio, tanto mais que já andava na estrada em campanha eleitoral.»

Janeiro 02, 2011

"Em 1990, foi criado em Portugal o primeiro Banco Alimentar Contra a Fome." Quem era o primeiro-ministro?

Miguel Marujo

«Os Portugueses deram mostras, ao longo do ano de 2010, que reconhecem o valor e a importância da coesão e da solidariedade.

O País foi afectado por intempéries naturais, na Madeira, nos Açores, no Continente.
Logo se geraram campanhas de apoio às famílias e aos cidadãos atingidos por essas situações de calamidade.

É também exemplar o modo como os Portugueses participaram nas campanhas lançadas pela sociedade civil com vista à recolha de produtos alimentares e bens de primeira necessidade.» [sublinhados nossos]

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