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Cibertúlia

Dúvidas, inquietações, provocações, amores, afectos e risos.

Maio 31, 2010

Climas

Miguel Marujo

A temperatura subiu. O futebol começa a invadir os noticiários. Mas os dias vão sendo marcados pela crise, indelével nos nossos bolsos.

Maio 29, 2010

300 mil

Miguel Marujo

 

O Governo diz que é necessária mais concertação e menos contestação. Como frase feita, pode resultar. Mas para os 300 mil que hoje saíram à rua, os milhares que se acotovelam nas filas dos centros de "desemprego" e todos os que trabalham por conta de outrém e não se sentam nas golden shares das administrações, quem desconcerta é o Executivo - contestando os direitos sociais de todos.

 

 

(foto Arrastão)

Maio 29, 2010

Azia

Miguel Marujo

A demanda continua: depois de ter procurado alguma indignação com as ruas e avenidas fechadas em Lisboa, também não noto nenhuma especial indignação por o espaço público ser usurpado durante meses aos lisboetas no Parque da Bela Vista. Que diacho, achei que andava por aí um grupo de cidadãos genuinamente preocupado com a cidade, mas agora percebe-se que apenas esteve com azia durante a visita do Papa. Fiquei esclarecido.

 

Ler também este post.

Maio 29, 2010

Falar

Miguel Marujo

Sócrates habla portunhol e tudo goza. Clara de Sousa na SIC, agora travestida de jornalista desportiva, pergunta que es necesario para que mudes de opinión. O ridículo mata.

Maio 29, 2010

Dad man walking

Miguel Marujo

Diz-se que preso no Paço Real de Sintra, nos idos do século XVII, D. Afonso VI deixou um círculo gasto no chão por arrastar uma das pernas, enquanto dava voltas ao quarto, sem ter por onde ir. Qualquer dia, por cá, à volta de uma das estantes ficará igual marca para melhor função: um doce embalo.

Maio 26, 2010

Para que conste (II)

Miguel Marujo

Ia a escrever aqui que o Metro-condenado não foi apenas a empresa. Foram Nuno Henrique Luz, Tiago Bugarim e Juan Herrero (sim, esse administrador da Média Capital na berlinda do processo da TVI) os responsáveis primeiros pelo meu despedimento em nome da empresa Transjornal, então propriedade da Média Capital e dos suecos do Metro internacional. E ia dizer que este esclarecimento se impunha porque, agora, até a empresa é diferente. Mas, para que conste, muda o patrão mas a porcaria é a mesma: hoje houve mais despedimentos no jornal que todos os dias se proclama como o que tem mais leitores no país, mas que agora devem estar a justificar-se com a crise. A M., pelo menos, está na rua, apesar de dar o litro há cinco anos por aquela gentinha. O jornal não merece profissionais e pessoas como a M., mas é ela que agora se vê no olho da rua. Os patrõezinhos vão continuar a andar de mercedes e bê-émes, sem sofrerem pontinha da crise.

 

Maio 26, 2010

Um mês

Miguel Marujo

De mudanças. De descobertas. De aprendizagens. Lá fora, cortado o cordão, o mundo parece assustar. Mas chegou a hora de rompermos esta economia que nos promete sempre mais do mesmo: o espezinhamento das pessoas, sem cuidar dos mais frágeis. Fartinhos de receitas que nos são dadas pelos mesmos (economistas, velhos do restelo, políticos) que nos levaram para este buraco, há que pôr um pauzinho na engrenagem. Para que o mundo seja, daqui a uns anos, diferente para ela. Diferente para melhor.

Maio 24, 2010

Para que conste

Miguel Marujo

Ao fim de três anos e meio, o jornal Metro foi condenado a pagar indemnização em acção laboral. Depois de uma espera aqui muitas vezes contada, e de um despedimento absolutamente ilegal, a empresa propôs por fim um acordo, aceite por mim e que foi homologado por sentença do Tribunal de Trabalho, no mês passado.

Maio 24, 2010

Épocas

Miguel Marujo

O Estado simplex ainda vive atado a coisas que não lembram a ninguém a não ser a burocratas sentados na secretária. Vejo agora na SIC-N que morreram cinco pessoas nas praias portuguesas só este fim-de-semana. Não vale a pena lembrar a irresponsabilidade em como muitos entram na água, mas também se deve apontar o dedo a um Estado que continua a falar de época balnear de 1 de Junho a 30 de Setembro, quando o que fazia sentido era accionar os mecanismos de socorro no tempo quente, seja Abril, Maio, Outubro ou Novembro. A não ser que no Instituto de Socorros a Náufragos sejam todos como João Miranda e achem que as alterações climáticas são um embuste de Al Gore.

Maio 23, 2010

Admito

Miguel Marujo

Tenho procurado nos posts em destaque, nos comentários do bas-fond, nas entrelinhas de textos e fotos, mas não descubro uma única linha, um dedo apontado que seja, uma voz elevada - nos blogues militantes - contra as ruas fechadas por causa do Rock in Rio. Pá, é que nas últimas semanas tinha lido tanto sobre este tipo de intervenção cívica... e agora a coisa esboroou-se.

Maio 20, 2010

Paulinho dos bancos

Miguel Marujo

O Paulinho das Feiras está neste momento a atacar o "rendimento mínimo" (que ele próprio mudou para rendimento social de inserção), com as alegadas fraudes que aí existem. Claro que existem, mas são uma minoria imensa no bem que faz este auxílio. Nunca vi este paladino atacar com a mesma veemência os fraudulentos banqueiros e homens de negócio, até porque muitos deles são amiguinhos. Ele há coisas que nunca mudam.

Maio 19, 2010

Mudar de vida

Miguel Marujo

«[...] ouço, hoje, um banqueiro cheio das melhores intenções a dizer que temos de mudar de vida. Temos de deixar o crédito, o nosso modo de vida dos últimos anos. Tudo de acordo mas não consigo esquecer-me da sucessão de cartões de crédito NÃO SOLICITADOS que recebi nos últimos anos enviados pelo banco público de que o referido senhor tem sido presidente. [...]» [Mapari, in Economia e Finanças]

Maio 18, 2010

Saberes

Miguel Marujo

Hoje: «O dia em que batermos na parede [sic] não está muito longe. Talvez por semanas. Lamento, mas o país tem de saber".» - Fernando Ulrich, presidente do BPI.

 

Em Fevereiro: «Os quatro grandes bancos privados do mercado português BES, BCP, BPI e Santander Totta apresentaram no ano passado lucros de 1,445 mil milhões de euros, mais 13,8% do que no ano anterior, ou seja, quatro milhões de euros por dia.»

 

O país tem de saber. Mesmo.

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