Cibertúlia

Lá vêm os do costume (e que sabem sempre porque votaram as pessoas no PS ou na esquerda apesar de eles detestarem esses votantes): como estamos em crise não se deve legislar sobre casamentos gay. Também acho: eu por mim não tinha governo, dava posse a um gabinete de crise e fechava o país até tudo estar resolvido. Ah, mas também acabava com o futebol, cinema, teatro, televisões, jornais, livrarias, o que fosse. Essas coisas todas distraem as pessoas e, em crise, não pode ser.

Continua Fernando Lima a trabalhar na Presidência da República, apesar de supostamente ter sido demitido das suas funções? Que funções exerce actualmente, pago por todos nós? Responda quem souber, já que o actual inquilino de Belém deve andar preocupado a instalar um antivírus e não vai ler blogues à escuta.

O palco é ocupado pelo riso das crianças dos outros, sons de brincadeiras que invadem o Coliseu, em noite que arranca com algum receio e vai em crescendo como o sol que brilha no centro do ecrã. A voz de Ana Vieira é porventura uma das mais distintas da actual música portuguesa e arrebata a cena, do quase sussurro ao clamor de Canciones Negras. Cecília do acordeão e da voz delicada, Pedro Oliveira mais afectivo que conseguido, Gomo em réplica feliz de Neil Hannon, complementam as vozes que falam com o Cinema Ensemble. Quase perfeito.

Na livraria católica, na montra anuncia-se o novo livro de José Rodrigues dos Santos, que se mete nos fundamentalismos islamistas. De Caim nem viv'alma. É pena. Devia estar lá - ao lado Bíblias. A universalidade fazia-se assim.

«Several hundred Catholics in Maine have publicly declared themselves supporters of same-sex marriage, in direct opposition to their bishop, Richard J. Malone of Portland, who they say has gone overboard with a no-holds-barred campaign to roll back same-sex marriage in the Pine Tree State.»

... a dar tareia!

Hoje o homem vendia as castanhas a dois euros. Eu a passar de t-shirt, ele a querer 400 paus por uma dúzia de castanhas.

«[...] O primarismo está a transformar-se num ar do nosso tempo. É ele que faz crescer os fundamentalismos religiosos e as leituras literais da Bíblia e do Corão. E o primarismo atrai primarismo. Cria um manto espesso de intolerância e ignorância, de estupidez e incomunicabilidade. No tempo da frase curta, da declaração bombástica, do escândalo sem sentido da história, o primarismo é mais forte do que qualquer ideia. O que é extraordinário é que seja eu, um colunista da espuma dos dias, a dizê-lo a propósito de um escritor, que tem outro tempo para respirar, que pode ir muito além do espectáculo da polémica fácil. [...]» (Daniel Oliveira, Expresso)

«En Estados Unidos se les bautizó como kidults -del inglés kid (niño) y adult (adulto)-. En Latinoamérica optaron por un juego de palabras en español, adultescentes, por la unión de adulto y adolescente. Y en España los sociólogos prefieren definirles como treintañeros bajo el síndrome de Peter Pan, mientras que los expertos en mercadotecnia les llaman Generación X.» [in El País, descoberto no facebook do Zé - o título é dele]

O aviso é dado e repetido, duas, três vezes. Esta pergunta aparece muito, está lá, é uma ratoeira. Às vezes, percebe-se que não é tanto o código da estrada que se aprende, mas sim como evitar ratoeiras, quais buracos na estrada. Não admira depois que se conduza aos ésses.

Agora empossados deixem-se de fados. E que a esquerda - toda: PS, BE e PC - saiba parlamentar e governar. Em querendo.

Sobre os «socialistas católicos mobilizam-se contra casamentos gay e querem referendo» retomo o que já escrevi em... 2003.

Atrasem lá isso 60 minutos. Sempre dormem mais. Ou dançam mais uma hora. Ou.

[e este post terá uma hora a mais]

De Novembro a Maio, tempo de ensaios.

Na noite de sábado para domingo atrasa-se o relógio. Chegados às duas passamos para a uma. Pensamos sempre que dormiremos mais - mais uma hora! Depois vamos tarde para a cama, esperando que afinal aquela hora extra ajude a compensar o sono perdido. O país parece só ter horas assim.

Manuela Moura Guedes foi a uma festa no bar BBC, em Lisboa, para a qual foi convocada a imprensa. Perante as máquinas fotográficas, ameaçou fotógrafos. Esta sexta-feira mandou um comunicado às redacções a impedir a publicação de "factos" e "fotos" sobre a sua "vida privada" (note-se: quer proibir notícias de uma festa para a qual foi convidada a imprensa e na qual ela constava da guest list). Afinal, a senhora paladina da liberdade de informação censura camaradas de profissão. Nada de novo, vindo de quem vem.

Esqueçam estimativas da OMS, números do Ministério. O verdadeiro medidómetro da gripe A é o dos senhores da drogaria lá da rua: "Ah, aqui na rua ainda ninguém tem."

e sim, um Governo que em pastas sensíveis está a receber

o aplauso e simpatia das corporações. Significativo.

contar o tempo em semanas...