Abril 27, 2009
Dúvidas para este tempo
Miguel Marujo
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Abril 27, 2009
Miguel Marujo
Abril 27, 2009
Miguel Marujo
27.04.2009, António Marujo
Em seis séculos, o Condestável perdeu capacidade de mobilizar o país e a Igreja. O homem a quem se reconhecem virtudes éticas mesmo na guerra e que foi capaz de renunciar a títulos e bens para andar descalço por Lisboa a pedir para os pobres não criou agora, com a sua canonização, grandes entusiasmos por parte do Estado, nem dos católicos. Esse vazio foi, aliás, ocupado (legitimamente) por sectores conservadores da Igreja e pela causa monárquica.
Certo que o acontecimento de ontem era religioso. Mas quando o Estado se associa com entusiasmo a celebrações de futebóis, causa estranheza não ver mais empenho em relação a uma figura que marcou a História do país - para o bem ou para o mal, admitam-se as opiniões.
A Igreja também não foi capaz ainda de vincar um discurso rigoroso e actual em relação ao novo santo - as duas intervenções do Papa, ontem, são disso exemplo. A hagiografia tem oscilado entre a "exaltação patriótica" do militar - que o patriarca de Lisboa teve a preocupação de rejeitar - e as virtudes e histórias que às vezes se confundem com lendas. Como dizia o cardeal Policarpo, faz falta que a história investigue mais a figura do Condestável. Falta outra coisa, que a canonização evidenciou: o segredo em que os responsáveis católicos colocam os processos das curas que permitem as beatificações e canonizações não ajuda a dar credibilidade a tais acontecimentos. Sentiu--se isso com a beatificação dos videntes de Fátima, sentiu-se de novo agora.
Ontem, o cardeal Saraiva Martins declarava-se "feliz" pela conclusão do processo, após "tanto trabalho" que teve para concluir em três meses o que levaria "cinco a seis anos". Ora, as dúvidas surgidas em tantos sectores da opinião pública (incluindo a católica) não podem ser olhadas de soslaio pelos responsáveis da Igreja. Para que os santos sejam mesmo modelos para quem os quer seguir.
Abril 27, 2009
Miguel Marujo
«Minuto 58 do FC Porto-Vitória de Setúbal. De uma assentada, Leandro Lima e Bruno Gama foram substituídos por dois colegas de equipa. Coincidência ou não, Leandro Lima e Bruno Gama, jogadores emprestados pelo FC Porto ao Setúbal, estavam a ser os dois jogadores mais perigosos dos sadinos. Coincidência ou não, o jogo que estava empatado ganhou outra vida quatro minutos depois com o primeiro de dois golos de Lisandro (2-0). O tiro no pé de Carlos Cardoso deu uma segunda vida ao campeão nacional.» [Público]
Abril 27, 2009
Miguel Marujo
Cicciolina vai estar no Seminário de Vilar, no Porto. Acalmem-se hostes bezerras e ovelhas cristãs: o dito é uma casa para congressos e afins. Os seminaristas andam longe e a senhora há muito que não tenta ninguém.
Abril 27, 2009
Miguel Marujo
Paulo Rangel, do PSD, tem abusado do ataque ao passado dos candidatos à esquerda, sobretudo Vital, para lembrar que o hoje cabeça-de-lista socialista votou contra a adesão à CEE, em 1982. Na sede do PSD, imagina-se Zita Seabra a assobiar para o ar e Pacheco Pereira e Durão Barroso a mandarem dizer para o rapaz não se lembrar de atacar algum radicalismo vitalista nos idos do PREC. Não vá a História permitir comparações.
(na foto: o jovem Zé Manel, do MRPP)
[É outra curiosidade de Abril: os ex-qualquer coisa do PSD fizeram muito bem em "mudar"; aos do PS atira-se a pedra.]
Abril 27, 2009
Miguel Marujo