Abril 03, 2009
Os saltos altos dele e os sapatos rasos dela
Miguel Marujo
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Abril 03, 2009
Miguel Marujo
Abril 03, 2009
Miguel Marujo
Hoje andam por aí divertidos a contar espingardas. Nos processos em tribunais, quero eu dizer. Ai, eu tenho este processo e tal. Eu não tenho nenhum - e não, não acho que seja um mau jornalista. O único processo que tenho é como jornalista ilegalmente despedido contra o Metro e a empresa que o publica. Mas o Tribunal do Trabalho, mais de dois anos e meio depois, não se dignou a indicar sequer uma data para julgamento. Isto é que me parece grave para o exercício de cidadania de um jornalista (ou de outro qualquer cidadão) - mais do que o primeiro-ministro estar chateado por um colunista o comparar à Cicciolina.
Abril 03, 2009
Miguel Marujo
Neste país ninguém tem coragem de acabar as frases. Fui pressionado, fui roubado, recebi um telefonema, recebi um e-mail, gravei um DVD. Uns refugiam-se no sistema para sacudir responsabilidades das más figuras, outros sacodem o complemento indirecto da frase: Eu fui pressionado pelo Mário Fernando. (Declaração de interesses: não conheço nenhum Mário Fernando, nem sou suspeito até provar a minha inocência em nenhum caso mediático-jurídico.) No fundo, todos - do procurador da República ao antigo vereador do Urbanismo, do presidente do sindicato ao líder de partido - têm um pouco de Octávio Machado. Mas se este homem foi plantar couves para Palmela, os castradores do complemento indirecto continuam por aí, a assassinar o português e a democracia. Vocês sabem de quem eu estou a falar.