Abril 30, 2009
Resgatado no dia do aderente na FNAC
Miguel Marujo
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Abril 30, 2009
Miguel Marujo
Abril 30, 2009
Miguel Marujo
São Pedro ouviu a APEL e os livreiros e os editores e resolveu brindar Lisboa com sol e azul. Pronto, o boletim meteorológico que acerta sempre na chuva em dias de feira também falha. Como o outro.
Abril 30, 2009
Miguel Marujo
Está aí a feira do livro, no parque das barraquinhas, este ano renovadas, com uma polémica a animar, ou não fosse a feira palco de polémicas anuais. Outra coisa que vem sempre com a feira: a chuva (escusado espreitar as páginas do tempo). Faça vento ou faça sol, lá teremos o lamento pela chuva que afasta visitantes. Eu por mim, contra intempéries e crises, lá irei subir e descer as alamedas. Ao almoço e ao jantar.
Abril 29, 2009
Miguel Marujo
Vende-se casa na Rua do Passadiço. Assunto sério. (Ó Pedro, e o Cartaxinho, vai-se a ida ao Cartaxinho?)
Abril 29, 2009
Miguel Marujo
"STATLER: Boo!
WALDORF: Boooo!
S: That was the worst thing I’ve ever heard!
W: It was terrible!
S: Horrendous!
W: Well it wasn’t that bad.
S: Oh, yeah?
W: Well, there were parts of it I liked!
S: Well, I liked alot of it.
W: Yeah, it was GOOD actually.
S: It was great!
W: It was wonderful!
S: Yeah, bravo!
W: More!
S: More!
W: More!
S: More!"
[tks, E.]
Abril 29, 2009
Miguel Marujo
Abril 29, 2009
Miguel Marujo
Antes das nove da manhã, os autocarros andam mais cheios, ou mesmo muito cheios, a ruminarem no trânsito parado da cidade, por entre carros de pessoas sós. Deixo a paragem e vou andando - e de paragem em paragem, em que o tempo de passagem e o olhar das pessoas não me convence, acabo por fazer o percurso quase todo a pé. O autocarro só serve para galgar metros finais e roubar uns minutos.
Abril 28, 2009
Miguel Marujo
Abril 27, 2009
Miguel Marujo
Abril 27, 2009
Miguel Marujo
27.04.2009, António Marujo
Em seis séculos, o Condestável perdeu capacidade de mobilizar o país e a Igreja. O homem a quem se reconhecem virtudes éticas mesmo na guerra e que foi capaz de renunciar a títulos e bens para andar descalço por Lisboa a pedir para os pobres não criou agora, com a sua canonização, grandes entusiasmos por parte do Estado, nem dos católicos. Esse vazio foi, aliás, ocupado (legitimamente) por sectores conservadores da Igreja e pela causa monárquica.
Certo que o acontecimento de ontem era religioso. Mas quando o Estado se associa com entusiasmo a celebrações de futebóis, causa estranheza não ver mais empenho em relação a uma figura que marcou a História do país - para o bem ou para o mal, admitam-se as opiniões.
A Igreja também não foi capaz ainda de vincar um discurso rigoroso e actual em relação ao novo santo - as duas intervenções do Papa, ontem, são disso exemplo. A hagiografia tem oscilado entre a "exaltação patriótica" do militar - que o patriarca de Lisboa teve a preocupação de rejeitar - e as virtudes e histórias que às vezes se confundem com lendas. Como dizia o cardeal Policarpo, faz falta que a história investigue mais a figura do Condestável. Falta outra coisa, que a canonização evidenciou: o segredo em que os responsáveis católicos colocam os processos das curas que permitem as beatificações e canonizações não ajuda a dar credibilidade a tais acontecimentos. Sentiu--se isso com a beatificação dos videntes de Fátima, sentiu-se de novo agora.
Ontem, o cardeal Saraiva Martins declarava-se "feliz" pela conclusão do processo, após "tanto trabalho" que teve para concluir em três meses o que levaria "cinco a seis anos". Ora, as dúvidas surgidas em tantos sectores da opinião pública (incluindo a católica) não podem ser olhadas de soslaio pelos responsáveis da Igreja. Para que os santos sejam mesmo modelos para quem os quer seguir.
Abril 27, 2009
Miguel Marujo
«Minuto 58 do FC Porto-Vitória de Setúbal. De uma assentada, Leandro Lima e Bruno Gama foram substituídos por dois colegas de equipa. Coincidência ou não, Leandro Lima e Bruno Gama, jogadores emprestados pelo FC Porto ao Setúbal, estavam a ser os dois jogadores mais perigosos dos sadinos. Coincidência ou não, o jogo que estava empatado ganhou outra vida quatro minutos depois com o primeiro de dois golos de Lisandro (2-0). O tiro no pé de Carlos Cardoso deu uma segunda vida ao campeão nacional.» [Público]
Abril 27, 2009
Miguel Marujo
Cicciolina vai estar no Seminário de Vilar, no Porto. Acalmem-se hostes bezerras e ovelhas cristãs: o dito é uma casa para congressos e afins. Os seminaristas andam longe e a senhora há muito que não tenta ninguém.
Abril 27, 2009
Miguel Marujo
Paulo Rangel, do PSD, tem abusado do ataque ao passado dos candidatos à esquerda, sobretudo Vital, para lembrar que o hoje cabeça-de-lista socialista votou contra a adesão à CEE, em 1982. Na sede do PSD, imagina-se Zita Seabra a assobiar para o ar e Pacheco Pereira e Durão Barroso a mandarem dizer para o rapaz não se lembrar de atacar algum radicalismo vitalista nos idos do PREC. Não vá a História permitir comparações.
(na foto: o jovem Zé Manel, do MRPP)
[É outra curiosidade de Abril: os ex-qualquer coisa do PSD fizeram muito bem em "mudar"; aos do PS atira-se a pedra.]
Abril 27, 2009
Miguel Marujo
Abril 26, 2009
Miguel Marujo
Moby por David Lynch, descoberto no sempre mui atento Posto de Escuta, que faz cinco anos.
Abril 26, 2009
Miguel Marujo
Visto daqui de cima, há dois velhos turistas que enfrentam o vento que se levanta nesta Lisboa. Caras bem-dispostas, corpos curvados contra a deslocação do ar. Talvez não saibam que ontem se celebraram por aqui ventos de liberdade. Mas hoje, ali em baixo, ele bebem desses ventos de há 35 anos.
Abril 26, 2009
Miguel Marujo
Abril 25, 2009
Miguel Marujo
a cantiga é uma arma
eu não sabia
tudo depende da bala
e da pontaria
tudo depende da raiva
e da alegria
a cantiga é uma arma
de pontaria
há canta por interesse
há quem cante por cantar
há quem faça profissão
de combater a cantar
e há quem cante de pantufas
para não perder o lugar
a cantiga é uma arma
eu não sabia
tudo depende da bala
e da pontaria
tudo depende da raiva
e da alegria
a cantiga é uma arma
de pontaria
O faduncho choradinho
de tabernas e salões
semeia só desalento
misticismo e ilusões
canto mole em letra dura
nunca fez revoluções
a cantiga é uma arma
(contra quem?)
Contra a burguesia
tudo depende da bala
e da pontaria
tudo depende da raiva
e da alegria
a cantiga é uma arma
de pontaria
Se tu cantas a reboque
não vale a pena cantar
se vais à frente demais
bem te podes engasgar
a cantiga só é arma
quando a luta acompanhar
a cantiga é uma arma
contra a burguesia
tudo depende da bala
e da pontaria
tudo depende da raiva
e da alegria
a cantiga é uma arma
de pontaria
Uma arma eficiente
fabricada com cuidado
deve ter um mecanismo
bem perfeito e oleado
e o canto com uma arma
deve ser bem fabricado
a cantiga é uma arma
(Contra quem camaradas?)
Contra a burguesia
tudo depende da bala
e da pontaria
tudo depende da raiva
e da alegria
a cantiga é uma arma
de pontaria
a cantiga é uma arma
contra a burguesia
tudo depende da bala
e da pontaria
tudo depende da raiva
e da alegria
a cantiga é uma arma
contra a burguesia
[obrigado à Maria João pela memória desta canção infantil]
Abril 25, 2009
Miguel Marujo
Nunca vi uma certa direita preocupada com o estado da liberdade antes do 25 de Abril, só com o que se passou de 25 de Abril a 25 de Novembro. Curioso...
Abril 25, 2009
Miguel Marujo
Acho sempre curioso que se desdenhe do 25 de Abril para louvar o 25 de Novembro, como agora insiste uma certa direita. Esquecem-se que foi mesmo o 25 de Abril que acabou com a ditadura - fascista - e com a censura e com a pide e com os presos políticos e com a falta de liberdade.