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Cibertúlia

Dúvidas, inquietações, provocações, amores, afectos e risos.

Setembro 02, 2008

Vítimas

Miguel Marujo

Alguma blogosfera, alegadamente bem informada, ataca ferozmente a decisão que reconhece erros grosseiros à prisão preventiva de Paulo Pedroso. Os anónimos da Grande Loja do Queijo Limiano, por exemplo. Deixei este comentário a um post da dita casa: «Não percebo: não decorre um julgamento de pessoas sobre as quais recaem fundadas suspeitas? Decorre. Assim, esta pergunta do josé sai ao lado: "as vítimas da Casa Pia? E quem as defendeu? E quem investigou? E quem apreciou os depoimentos? Bem, esses não são notícia, no dia de hoje. Parece, aliás, que nunca o foram, para determinados media." Que eu saiba, lendo os "erros grosseiros" cometidos, e que já se percebiam/intuíam pela má acusação do Ministério Público/PJ, que Paulo Pedroso foi vítima de uma péssima investigação do MP/PJ. Custa ao MP/PJ e à Grande Loja? Parece que sim. Repetimos: não houve indícios para levar Paulo Pedroso a julgamento, esteve detido quatro meses, o Estado vai ressarci-lo (se o recurso vergonhoso do MP - como era no caso do Aquaparque, sem que ninguém aí estivesse detido - não for aceite). Isto é um facto: esperemos que o MP/PJ nunca "vejam" ou ouçam pessoas a dizer que o josé se portou mal, sem qualquer fundamento (leu a acusação sobre PPedroso e Herman? Leu pois...). Nesse dia, deixa de ter direito a protestar. Só deve perguntar pelas vítimas. Tanta sanha contra PPedroso é intrigante...»

Setembro 02, 2008

O estado das coisas

Miguel Marujo

Desde o início se percebia o erro clamoroso e grosseiro da prisão de Paulo Pedroso, primeiro sublinhada pela sua não ida a julgamento, que o advogado de Carlos Silvino sempre fez por esquecer no referido julgamento, e agora confirmada com esta decisão. O que é espantoso é achar-se que a PJ e o MP tinham bases para fazer avançar as queixas. Quem leu a acusação percebia que o Zé da Tia Anica podia ser tão acusado como Paulo Pedroso, ou Herman José, que estava no Brasil à data de factos imputados... Enfim, um mar de erros grosseiros, que não retiram o ónus que Paulo Pedroso carregará.

Setembro 02, 2008

Roda da sorte

Miguel Marujo

Esticamos a mão, o carro pára, abrimos a porta - e a partir daí seja o que deus quiser. Ele é o cheiro intenso a alfazema, os estofos felpudos que aquecem mais ainda as noites de Verão (e sabe-se lá a limpeza que trazem), a música martelada com a pronunciada voz de um animador ainda mais histérica que a batida, a aceleração constante até o vermelho seguinte ou a pachorrice de quem lamenta o trânsito mesmo às duas da manhã. Entrar num táxi de Lisboa é uma aventura.