Dizem-nos
hoje que os programas para desempregados são quase ineficazes. Não fui, quando estive nessa condição, abrangido por nenhum deles, mas sobre a eficácia do IEFP e seus centros de emprego fiquei muito habilitado. Quando se fala de apoios destes, vejamos na prática o que eles fazem por quem está aflito: chamam-nos para uma entrevista, onde sem privacidade (não imaginam as histórias canalhas ou miseráveis que ouvi enquanto eu era atendido) debitamos habilitações e competências para um formulário que os ajudará a chamar-nos para entrevistas. Nunca fui chamado. Deram-me uma pastinha muito gira, cheia de folhinhas, para arquivar o CV e cartas e
e-mails e papéis que utilizasse durante o processo... Ganhei mais um arquivo. E teria de me humilhar, sob termo de identidade e residência, a comunicar saídas da cidade. Nunca comuniquei, não sou criminoso. Posto isto. O que o Banco de Portugal descobriu não é novidade. O desempregado desenrasca-se sozinho ou... lixa-se.