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Cibertúlia

Dúvidas, inquietações, provocações, amores, afectos e risos.

Janeiro 31, 2008

Gaitinhas

Miguel Marujo

Que o Exército seja coisa anacrónica nos dias que correm e tenha fanfarras que podem animar as comemorações do Regicídio; que o PSR-hoje-Bloco tenha deixado cair a luta que tinha contra o serviço militar e agora se preocupe com as fanfarrices; que o Regicído deve ser celebrado como acontecimento histórico que é, ainda que uns se exaltem a defender essa coisa velha e não democrática que é a monarquia; que... São meras constatações.

Posto isto: é idiota que o ministro da Defesa proíba a fanfarra na festa.

Janeiro 31, 2008

Boçalidade

Miguel Marujo

Zapping distraído deixou o televisor numa coisa inenarrável: Fátima, um programa da SIC que tem uma "crónica" de um sujeito chamado Nuno Eiró. Hoje, pelo menos hoje (mas o registo deve ser idêntico nos outros dias), o tipo espalhou boçalidade em cada linha, com piadas-sem-piada de um baixo nível indescritível. Uma emissão que não tem bola vermelha.

Janeiro 30, 2008

Descomprimir o rolo

Miguel Marujo

«"Vamos trabalhar em conjunto para dar mais segurança aos cidadãos e reforçar o Serviço Nacional de Saúde"», afirmou Ana Jorge, dizendo entender o medo das populações em contextos de mudança. "Entendo [o medo das populações] sempre que há uma mudança", disse a nova ministra, afirmando que a sua aposta é na melhoria das condições dos utentes "num ambiente de diálogo". [da Lusa]

Janeiro 30, 2008

Rolo

Miguel Marujo

De Ana Jorge e José Pinto Ribeiro esperam-se mais que meras linhas de continuidade de políticas gastas e apupadas. Bastava ler hoje as reacções às saídas dos dois ministros: "boa notícia", "excelente", etc. e tal. Assim: mudar de cara é mudar de política, e a coisa fica justificada. Sem rolo compressor, claro.

Janeiro 29, 2008

Polícia de segurança fácil

Miguel Marujo

Ao lado de traficantes que ali estão todos os dias, os agentes da PSP andaram a multar e a bloquear carros, estacionados em passeios largos, sempre usados pelos residentes, mas que não estavam em segunda fila nem entupiam a rua. Quando se aponta o dedo ao tráfico, a senhora polícia responde que está ali apenas a cuidar do tráfego.

Janeiro 25, 2008

Curtas memórias (de Roma a Lisboa)

Miguel Marujo

Berlusconi já rosna por eleições, para voltar ao poder que lhe permite a impunidade e a imunidade absoluta. Basta ver os seis canais nacionais de TV: três públicos, de uma RAI pouco dada ao serviço público; três privados, nas mãos de Don Silvio, il padrino que é chamado a participar em tudo o que é programa, da bola ao social, uma permanente campanha, um precioso tempo de antena. id="BLOGGER_PHOTO_ID_5159226861285556258" /> Este não é um verdadeiro regresso: ele andou sempre por lá, a pairar, a esbranquiçar os dentes, a colocar mais cabelo, a eliminar rugas. A cosmética serve para gritar agora por uma preocupação social, que a Forza Italia não representa. Em Florença, nos dias que antecediam o Natal, havia cartazes a protestar da Forza contra os aumentos do custo de vida promovidos pela esquerda, obliterando a realidade de um país que foi governado para ricos e por lóbis.
Um pouco à imagem e semelhança de um CDS-PP que agora se traveste em paladino de uma reforma fiscal, supostamente em defesa dos mais fracos, quando o seu Governo e ministro deu cabo do rendimento mínimo garantido. (Lembram-se da rábula dos velhinhos e lavradores? E também Paulo Portas embranqueceu os dentes.) Ou ainda à imagem deste PSD bicéfalo, em que agora Santana quer aparecer transfigurado contra as agências de comunicação ou contra o país doido do futebol, id="BLOGGER_PHOTO_ID_5159233570024472658" /> ele que fez da política de governo uma agenda de venda de comunicação e propaganda e do futebol trampolim. Eles andam aí, e o mundo definitivamente não se viu livre deles. A memória curta aflige.

[Senadores da Forza Italia a festejarem a votação da moção. Como no futebol.]

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