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Cibertúlia

Dúvidas, inquietações, provocações, amores, afectos e risos.

Maio 23, 2006

Já a rodar na chafarica

Miguel Marujo



The people have heard the news
The people have spoken
You may not like what they said
But they weren't jokin'

Way out on the desert sands
Lies a desperate lover
They call her the "Queen of Oil"
So much to discover

Don't need no ad machine
Telling me what I need
Don't need no Madison Avenue War
Don't need no more boxes I can see

Covered in flags but I can't see them on TV

Don't need no more lies
Don't need no more lies
Don't need no more lies
Don't need no more lies

The restless consumer flies
Around the world each day
With such an appetite for taste and grace

People from around the world
Need someone to listen
We're starving and dying from our disease
We need your medicine
How do you pay for war
And leave us dyin' ?
When you could do so much more
You're not even tryin'

Don't need no TV ad
Tellin' me how sick I am
Don't want to know how many people are like me
Don't need no dizziness
Don't need no nausea
Don't need no side effects like diarrhea or sexual death

Don't need no more lies
Don't need no more lies
Don't need no more lies
Don't need no more lies

The restless consumer lies
Asleep in her hotel
With such an appetite
For anything that sells

A hundred voices from a hundred lands
Need someone to listen
People are dying here and there
They don't see the world the way you do
There's no mission accomplished here
Just death to thousands

A hundred voices from a hundred lands
Cry out in unison

Don't need no terror squad
Don't want no damned Jihad
Blowin' themselves away in my hood
But we don't talk to them
So we don't learn from them
Hate don't negotiate with Good

Don't need no more lies
Don't need no more lies
Don't need no more lies
Don't need no more lies

The restless comsumer flies
Around the world each day
With such an appetite for efficiency
And pace...

Don't need no more lies.

Maio 22, 2006

Afinsa-lhes

Miguel Marujo

Na Dia D, revista de economia do Público, explica-se aos filatelistas por que é que ficaram a arder: "[...] havia algo que, por violar uma das regras basilares da gestão de activos, deveria ter levantado a suspeita dos investidores — a "rendibilidade grátis" prometida, ou seja, sem risco. Como demonstrou Harry Markowitz, prémio Nobel da Economia de 1990, não se consegue uma rendibilidade superior sem aumentar o nível de risco — esta é, no fundo, a aplicação ao mundo dos investimentos do ditado popular 'quem não arrisca, não petisca'."
Pois, pá, para a próxima, queres selos? Lê o Markowitz!

Maio 21, 2006

Lições da História

Miguel Marujo

[em Bosra, Síria, o meu amigo CC é inquirido]
Portugal? Benfica ou Porto?», inquire o homem, sábio. Na verdade, só um descendente directo das civilizações sérias sabe destrinçar à primeira o essencial do acessório, a pedra que fica das cinzas que dispersam. «Benfica!», respondemos em uníssono, orgulhosos mas com a humildade que nos confere a moral superior dos benfiquistas.
«Ah! Benfica, Rui Costa!».
«Sim, Rui Costa», alegramo-nos com o grande sírio. Quem, gostando de futebol, não reconhece que o Rui Costa, além de ser o melhor jogador português da sua geração, é do Benfica, não entende nada de História."

[diz-se que a História se repete: volta, Rui.]

Maio 20, 2006

[noite e dia]

Miguel Marujo

Voltar ao Chiado, jantar na esplanada do indiano do meu largo preferido de Lisboa, o do Carmo (foi por aqui que comecei a descobrir a cidade, foi aqui que o país se desempoeirou), rir com amigos, banquetearmo-nos na Häagen-Dazs, por entre histórias de médicos e doentes. Movimentos diferentes para um dia com variações a piacere, brincadeiras soltas. Seu Jorge nos intervalos, cantando Bowie em português, «a trajetória escapa o risco nu/As nuvens queimam o céu, nariz azul/Desculpe estranho, eu voltei mais puro do céu/Na lua o lado escuro é sempre igual/No espaço a solidão é tão normal/Desculpe estranho, eu voltei mais puro do céu».

Maio 19, 2006

Fumo, mas não inalo

Miguel Marujo

"Como já tenho dito numerosas vezes, não vejo blogues. [...] Mas não deixo de ver a transcrição que vem nos jornais de algumas coisas que por lá se passam." [Eduardo Prado Coelho, hoje no Público]

Maio 19, 2006

Insomnia

Miguel Marujo

O primeiro sinal de que muitos cafés (e um relatório para corrigir) prolongaram a noite para lá do óbvio é o restolhar nas árvores de pássaros que em breve se transforma em alegre sinfonia. O segundo sinal é o primeiro autocarro a passar na rua. O problema é que para combater o sono bebem-se mais cafés. Há maneiras mais simpáticas de ficar KO!

Maio 19, 2006

Saudades de uma livraria assim

Miguel Marujo

El Ateneo Splendid, Buenos Aires
(foto MM, Dez/04, na queda de Santana).


Ali conhecem-se as coisas que se vendem. Acarinham-se livros. Pergunta-se ao empregado e ele aponta-nos várias hipóteses, que se revelam boas surpresas. Depois, há o café, no antigo palco, onde se pode ler o que está na loja. E a música para ouvir, no "piolho" da antiga sala de teatro. Por estes dias, vou voltar a subir e a descer o Parque, para a Feira do Livro. Antecipam-se as mesmas barracas, as mesmas queixas, os mesmos livros do dia ou saldos. Neste sobe e desce, restam os gelados, as farturas, os encontros ocasionais com os amigos. E os livros, esses velhos conhecidos. Saudades do Ateneo...