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Cibertúlia

Dúvidas, inquietações, provocações, amores, afectos e risos.

Abril 28, 2006

Reposto o descanso

Miguel Marujo

São sempre dias atípicos, semanas estranhas estas, em que feriados se misturam com doses grandes de trabalho, em que o reencontro com amigos se faz de momentos apressados à volta de um prato de tapas e umas cañas, numa rua do centro de Lisboa, ou em almoços festivos e demorados, na sala soalheira destes dias de Primavera.
Este blogue anda assim, entre o sol que liberta os umbigos, as pausas e as arritmias de feriados e dias úteis, a vontade pequena de perder mais do que dois segundos com políticos e futebóis, justiça e saúde, educação e moral, não necessariamente por esta ordem.
A cura para estes pólenes já aí vêm: uns dias mais de descanso. Sem alergias, o regresso faz-se a 1 de Maio, dia do trabalhador, bem escasso por estes dias.

Abril 26, 2006

Reposta a normalidade

Miguel Marujo

O PSD é contra as SCUT, nunca acabou com elas. O PSD acha que há funcionários públicos a mais, nunca os quis despedir. O PSD foi governo durante três anos com maioria com o PP. Agora na oposição lembra-se das medidas impopulares.

Abril 25, 2006

Isto também é o 25 de Abril!

Miguel Marujo


Esta imagem é da Lusa. Foi hoje publicada com a seguinte legenda: "Comemorações do 25 de Abril. Turistas trocaram os festejos comemorativos dos 32 anos da revolução de 25 de Abril de 1974, por um bom 'bronze' nas praias algarvias, terça-feira, 25 de Abril de 2006."

Esta imagem também é do 25 de Abril. Estas turistas comemoram à sua maneira a data. Esta comemoração não seria possível no país do 24 de Abril. Este post não existiria no país do 24 de Abril. Este blogue não existiria nesse país. Esse país acabou há 32 anos.

[foto LUIS FORRA/LUSA]

Abril 21, 2006

Fábrica de santos

Miguel Marujo

O primeiro volume da "Autobiografia Política" de Cavaco estava ontem colocado discretamente na secção das biografias de santos da livraria Paulus, na Baixa. O segundo volume ainda deve estar em apreciação na Congregação para as Causas dos Santos pelo cardeal Saraiva.

[adenda: o seu a seu dono, este post partiu de uma observação do Rui, a quem pedi para publicar.]

Abril 20, 2006

[pressa]

Miguel Marujo

O lançamento correu bem, garantem-me. Cheguei já no fim, os croquetes pareciam bons, o sumo devia ser fresquinho, mas a pressa tem destas coisas: saí sem provar nem ouvir nada. Mas já tenho leitura para estes dias. Antes da Revolução.

Abril 20, 2006

[convite]

Miguel Marujo


Assim, de repente, eu que só li umas quantas páginas nas provas, parece-me um livro a ler, obrigatoriamente, para questionar, aprender e limpar o sótão das ideias feitas. Passe a publicidade, claro.

Abril 19, 2006

Ir ao Rossio, hoje

Miguel Marujo

Eu não posso ir ao Rossio, hoje. Se fosse, justificar-me-ia assim, como escreve o Rui Almeida:
"Só soube que fazia agora 500 anos que tinha havido um massacre de judeus em Lisboa quando o Nuno Guerreiro falou disso, há uns meses. Nunca me falaram de tal coisa na escola... Mesmo do facto de ter havido expulsões de grupos étnicos, ao longo da história, no nosso país, só me apercebi que eram uma realidade significativa a partir de leituras menos canónicas que a dos manuais escolares.
Logo à tarde, irei passar pelo Rossio. Irei, sobretudo, para me lembrar de que os que mataram professavam a mesma fé que eu professo, que rezavam o mesmo credo que eu, que, de acordo com o que acredito, são parte do mesmo corpo que eu: a Igreja. Não posso afirmar o que faria se vivesse naquele tempo e naquelas condições (acho até este tipo de especulação estéril e inútil), mas sei que sou da mesma condição e sujeito às mesmas fraquezas daqueles que cometeram ou foram cúmplices de tal crime. Por isso peço para eles o perdão de Deus e a Deus peço que me ajude em cada momento da minha vida a manter a lucidez para evitar a violência e ajudar a construir a paz."

Abril 18, 2006

Em extinção (reverso)

Miguel Marujo

na Ponte das Correntes, Budapeste, foto MM, Abril de 2006

O Trabant é enganador. Vi apenas uns quantos, a acelerar por entre o trânsito. E uns tantos mais primos, os Lada. O parque automóvel de Budapeste é coisa já deste mundo, feito também de Hummers e bêémes ou Mercedes. Coisas caras. A cidade muda, há obra que se faz, o Parlamento em obras, igrejas, casas de cultura, um sem fim de guindastes, para desespero do turista acidental de máquina fotográfica em punho. Há um estranho (a)criticismo da ditadura comunista, em que se fala muito de 1956 e pouco do que se lhe seguiu. Afinal, lê-se na imprensa inglesa que ali se publica, o Governo dos socialistas (herdeiros - mais de nome que ideologia - do anterior regime, agora aliados aos liberais) é amigo do investimento privado e estrangeiro e a oposição de direita bate no peito perante a invasão de fora, clamando contra a dissolução de costumes juvenis, na poprock (sempre a rock'n'rollar) e nos mcdonalds, numa cidade ainda pouco virada para o franchising. O mundo não é a preto e branco definitivamente. Eu procuro nas estantes de CD os Muzsikás que cantam Bela Bártok e o folclore campesino da Transilvânia. O goulash é um prato muito condimentado que mistura carnes e enchidos e a inevitável paprica. A acompanhar com a excelente Dreher, que escorre bem em garrafas encorpadas de 50 cl, sem publicidade extra. Gosto desta sopa.

Abril 17, 2006

A derrota das couves e alforrecas

Miguel Marujo

[divulgados hoje]

Top Bertrand:
1º (N) - «Diário da tua ausência» - Margarida R. Pinto
2º (1º) - «À primeira vista» - Nicholas Sparks
3º (N) - «Primeiro as senhoras» - M. Zambujal
4º (3º) - «Uma chuva de diamantes» - Sveva Casati Modignani
5º (N) - «As loucuras de Brooklyn» - Paul Auster
6º (N) - «No país dos jeitosos» - J. Pedro Gomes
7º (6º) - «O Codex 632» - José Rodrigues dos Santos
8º (7º) - «O Eduquês em discurso directo -
Uma crítica da pedagogia romântico e construtiva» - Nuno Crato
9º (N) - «Correspondência de Sophia de Mello Breyner
e Jorge Sena 1959 - 1978»
10º (8º) - «Freaknomics - O estranho mundo da economia»
- Steven D. Levitt

Top FNAC:
1º (N) - «Diário da tua ausência» - Margarida R. Pinto
2º (N) - «As loucuras de Brooklyn» - Paul Auster
3º (1º) - «à primeira vista» - N. Sparks
4º (4º) - «A inutilidade do sofrimento» - M. Jesus A. Reyes
5º (2º) - «Uma chuva de diamantes» - S. C. Mondignani
6º (5º) - «O Codex 632» - J. R. dos Santos
7º (3º) - «O Eduquês em discurso directo -
Uma crítica da pedagogia romântico e construtiva» - N. Crato
8º (6º) - «Freaknomics - O estranho mundo da economia» - S. D. Levitt
9º (N) - «Primeiro as senhoras» - M. Zambujal
10º (N) - «O código Stravinci» - Tony Clements

Abril 17, 2006

A produtividade, de novo

Miguel Marujo

As 25 melhores empresas para trabalhar em Portugal estão hoje na Dia D, revista de economia do Público. Todas elas, sem excepção, têm pontos a melhorar (com mais ou menos variáveis são estes os aspectos referidos): "remunerações", "distribuição de lucros", "reconhecimento", "promoções", "regalias", "favoritismo" ou "equilíbrio entre vida pessoal e profissional". Afinal, de que lado está o problema da produtividade? Dos empregadores, claro: eles recebem muito mais dos seus colaboradores do que efectivamente dão.

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