Novembro 27, 2005
Cavaco, insiste - mas nós temos memória
Miguel Marujo
"Cavaco Silva ficou surpreendido com a ordem governamental que obriga as escolas públicas a retirar os crucifixos das salas de aula. O candidato entende que não devem criar-se divisões «onde elas não existem». Em declarações reproduzidas na edição deste domingo do jornal Correio da Manhã o ex-primeiro-ministro chama a atenção para o facto de na sociedade portuguesa «predominarem os valores do catolicismo». Mas há uma coisa de que Cavaco Silva diz estar certo: «Face aos desafios que o país enfrenta, não é certamente este (os crucifixos) o problema que preocupa os portugueses». O candidato sublinhou saber e aceitar que «nos termos constitucionais há uma separação entre o Estado e a Igreja», mas voltou a frisar que «na sociedade portuguesa predominam os valores do catolicismo»."
Este é o mesmo senhor que tentou puxar da cartola, em 1995, uma ideia para cativar (algum) eleitorado "católico": o facto de Jorge Sampaio ser divorciado. Na altura, não pegou. Agora, volta a acenar aos católicos... Em questões que não existem, como ele próprio diz. Por isso, não se devem criar divisões onde não existem: retire-se os crucifixos.
Este é o mesmo senhor que tentou puxar da cartola, em 1995, uma ideia para cativar (algum) eleitorado "católico": o facto de Jorge Sampaio ser divorciado. Na altura, não pegou. Agora, volta a acenar aos católicos... Em questões que não existem, como ele próprio diz. Por isso, não se devem criar divisões onde não existem: retire-se os crucifixos.