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Cibertúlia

Dúvidas, inquietações, provocações, amores, afectos e risos.

Setembro 10, 2005

Nova Orleães, Portugal

Miguel Marujo

Fosse Nova Orleães uma cidade do Litoral português (ou num qualquer recanto da União Europeia) e já a nossa alegre direita teria decretado a falência do Estado Providência, da Europa, da Segurança Social, do rendimento mínimo garantido. Como foi ali, no Sul dos Estados Unidos, esses senhores insistem na culpa de todos, de preferência pretos, de deus, de alá, mas nunca do Estado-que-não-intervém e muito menos de Bush. Já conhecemos a lenga-lenga.

[ver também este post]

Setembro 10, 2005

Jornalistas, esses anti-americanos

Miguel Marujo

«Katrina, Tratados como animais»
Apresentado as vítimas como refugiados, fizeram deles estranhos indignos de socorro.

«Os brancos não vivem em Nova Orleães»
Há muito que os negros eram os únicos habitantes das zonas mais vulneráveis da cidade. Além disso, 35 por cento da população negra não tinha automóvel para poder fugir do Katrina.

«George W., incapaz e insensível».
Quando milhares dos seus concidadãos sofriam e morriam diante das câmaras, Bush esteve abbaixo de tudo.

«O Estado é a civilização!»
O caos que se espalhou em Nova Orleães relançou o debate sobre a importância do Estado.

«Onde está a segurança interna?»
Se Nova Orleães tivesse sido atingida por terroristas, as autoridades também não teriam sido capazes de organizar as acções de socorro. Triste lição, quatro anos após o 11 de Setembro.

Acalme-se Pacheco Pereira. Os títulos e entradas que se reproduzem não são da perigosa e anti-americana imprensa portuguesa. São artigos, reproduzidos no Courrier desta semana, com origem nas publicações americanas The Lexigton Herald Leader, The New York Times, Salon, Slate. Tudo gente primária, já se sabe.