[ou a história exemplar de um monopólio]
A EDP cobrou vários milhares de euros ilegalmente a, pelo menos, quatro mil clientes, entre os quais eu. Protestei, com a lei do meu lado, fizeram de conta que não era com eles, que era o culpado, fizeram de mim um caloteiro, com ameaças de suspensão de serviço, sem nunca apresentarem qualquer argumento legal.
Agora, depois do Instituto do Consumidor ter dito que a empresa violava a lei, e do provedor confirmar a ilegalidade, a EDP (e a Lisboagás, que manteve o mesmo comportamento para comigo) veio reconhecer o erro, mas
apresenta um chorrilho de mentiras, como prova a troca de correspondência mantida comigo:
1 - diz a EDP,
no comunicado de hoje: «
é praticamente inevitável a ocorrência marginal de falhas no tratamento de tão elevado volume de informação».
Mentira: invoquei a legislação, com citações do artigo que me defendia. Nunca a EDP reconheceu o erro, atacando-me por nunca fazer a leitura por «fax, internet ou telefone», como se fosse essa a obrigação do cliente e não da empresa ou como se o cliente fosse um qualquer funcionário da empresa;
2 - acrescenta a EDP, hoje: «todas [as reclamações] são rigorosamente analisadas e resolvidas, de acordo - como não pode deixar de ser - com as leis e regulamentações aplicáveis».
Mentira: a EDP ignorou, pelo punho dos seus responsáveis da «Direcção de Clientes Residenciais e Pequenas Empresas», a legislação em vigor fazendo orelhas moucas a todas as minhas queixas, por telefone e escritas.
Agora, a EDP anuncia que os «montantes irão ser descontados nas próximas facturas que serão acompanhados de uma carta de esclarecimento». Poupem os esclarecimentos e as mentiras. Devolvam o dinheiro de uma só vez.