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Cibertúlia

Dúvidas, inquietações, provocações, amores, afectos e risos.

Janeiro 25, 2005

[aviso à navegação]

Miguel Marujo

O barco anda à bolina em demanda de novos mares, com pouco tempo para acostar em porto seguro ou desembarcar, por instantes que seja, em terra firme. Os horários e os ritmos desta viagem serão outros. Para o visitante ir descobrindo.



[adenda: enquanto a navegação não se ajusta, esta viagem será preenchida também com a ajuda de outros navegantes. não se estranhem, pois, as cartas de marear que aqui se citam]

Janeiro 23, 2005

Esta segunda-feira será o pior dia do ano

Miguel Marujo

The silicon chip inside her head

Gets switched to overload.

And nobody's gonna go to school today,

She's going to make them stay at home.

And daddy doesn't understand it,

He always said she was as good as gold.

And he can see no reason

'Cause there are no reasons

What reason do you need to be shown?



Tell me why?

I don't like Mondays.

Tell me why?

I don't like Mondays.

Tell me why?

I don't like Mondays.

I want to shoot

The whole day down.



The telex machine is kept so clean

As it types to a waiting world.

And mother feels so shocked,

Father's world is rocked,

And their thoughts turn to

Their own little girl.

Sweet 16 ain't so peachy keen,

No, it ain't so neat to admit defeat.

They can see no reasons

'Cause there are no reasons

What reason do you need to be shown?



Tell me why?

I don't like Mondays.

Tell me why?

I don't like Mondays.

Tell me why?

I don't like Mondays.

I want to shoot

The whole day down.



All the playing's stopped in the playground now

She wants to play with her toys a while.

And school's out early and soon we'll be learning

And the lesson today is how to die.

And then the bullhorn crackles,

And the captain crackles,

With the problems and the how's and why's.

And he can see no reasons

'Cause there are no reasons

What reason do you need to die?



Tell me why?

I don't like Mondays.

Tell me why?

I don't like Mondays.

Tell me why?

I don't like Mondays.

I want to shoot

The whole day down.



dos Boomtown Rats

Janeiro 23, 2005

Uma águia voou mais alto

Miguel Marujo

A águia do Beira-Mar desancorou-se do símbolo do clube. A do Benfica só voou ao intervalo, sem resultados. A palavra a quem topou tudo, a degustar ovos moles: «[...] temos o futebol ainda na cabeça, os ovos-moles na boca e as mãos teimam em dobrar o lenço que se agita em enxovalho. Mau grado as olheiras pisadas por um qualquer Tanque Silva visando a baliza de Quim e os brindes à moda da Luz, temos por nós que a malapata se deve à pieguice desse malfadado meeting entre o cangalheiro Filipe Vieira e o piegas Dias da Cunha. [...]» [in Almocreve das Petas]

Janeiro 23, 2005

Sócrates, forças e fraquezas

Miguel Marujo

[ou como se pode votar no PS, sem demagogias]



«[...] Numa leitura superficial, o [programa do PS] ontem apresentado parece-me traduzir uma combinação equilibrada de ambição e realismo. Os tempos são de austeridade e seria irresponsável prometer aquilo que o Estado não está em condições de oferecer – expansão dos serviços públicos, abatimentos fiscais para as classes médias, etc. No entanto, fazer do saneamento das finanças públicas uma das prioridades máximas dum futuro governo PS sem referir medidas concretas de combate à evasão fiscal e à "informalidade económica", não deixa de ser decepcionante. Para um Partido comprometido com o ideal da justiça e da coesão social, essa deveria ser uma questão absolutamente prioritária – e muito importante para fidelizar votos que correm o risco de migrar para o Bloco de Esquerda. Enfim, espero que seja apenas uma distracção minha e que em breve tenhamos notícias animadoras sobre esta matéria.



Um apontamento final: a convocação de eleições antecipadas apanhou o PS desprevenido em relação às propostas governativas. De forma injusta, Sócrates viu ser-lhe colada a imagem do político de plástico, vazio de ideias. Injusta, desde logo, porque a sua eleição para secretário-geral teve lugar em Julho e a dissolução da AR foi decretada em Novembro, graças às trapalhadas indecorosas de Santana.
[...]». Pedro Oliveira, in Barnabé.

Janeiro 21, 2005

Ainda o incómodo da pergunta incómoda

Miguel Marujo



Alex, in caricaturas.no.sapo.pt




Pacheco Pereira vai responder em quem votará ele, afinal. Depois de ter dito que votava naquele a quem acusa de incoerente, agora vem prometer uma nova resposta, por ser «a pergunta que mais [recebe] e mais [lhe] fazem». Mas, assobiando para o ar, mete o PSD e o PS no mesmo saco - «as faces da mesma moeda», como já lhes chamou. Querendo esconder o fim do PSD em que se revê (afinal, o partido agora é outro, algo entre o PP-PSL), Pacheco continua a querer fazer do PS de Sócrates um partido igual ao "seu" PSD. Não é, e ele disse-o, quando das eleições internas do PS.



A pergunta insistente que lhe fazem «é o sinal de uma crise de representação por parte de um eleitorado que votava PSD ou PS, a que se soma os que já afirmaram que iriam votar em branco», acredita
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<br /><font size=-3>Alex, in <a href="http://caricaturas.no.sapo.pt/" target="m" rel="noopener">caricaturas.no.sapo.pt</a></font></center>
<br />
<br /><a href="http://abrupto.blogspot.com" target="M" rel="noopener">Pacheco Pereira</a> vai responder em quem votará ele, afinal. Depois de ter dito que votava naquele a quem acusa de <a href="http://abrupto.blogspot.com/2005_01_01_abrupto_archive.html#110543828536143045" rel="noopener">incoerente</a>, <a href="http://abrupto.blogspot.com/2005_01_01_abrupto_archive.html#110631331843311125" target="m" rel="noopener">agora vem prometer uma <i>nova</i> resposta</a>, por ser «a pergunta que mais [recebe] e mais [lhe] fazem». Mas, assobiando para o ar, mete o PSD e o PS no mesmo saco - «as faces da mesma moeda», como já lhes chamou. Querendo <i>esconder</i> o fim do PSD em que se revê (afinal, o partido agora é outro, algo entre o PP-PSL), <a href="http://abrupto.blogspot.com" target="m" rel="noopener">Pacheco</a> continua a querer fazer do PS de Sócrates um partido igual ao "seu" PSD. Não é, e ele disse-o, quando das eleições internas do PS.
<br />
<br />A pergunta insistente que lhe fazem «é o sinal de uma crise de representação por parte de um eleitorado que votava PSD ou PS, a que se soma os que já afirmaram que iriam votar em branco», acredita <a href="http://abrupto.blogspot.com" target"m"="target&quot;m&quot;" rel="noopener">Pacheco</a>. Não, não é. A <a href="http://cibertulia.blogspot.com/2005/01/pergunta-incmoda-sobre-um-caso-nico.html" rel="noopener">pergunta insistente que lhe fazem</a> é de quem não acredita que o autor do Abrupto seja o mesmo que afirmou na <a href="http://quadraturadocirculo.blogs.sapo.pt/" target="M" rel="noopener">Quadratura do Círculo</a> que ia votar em Santana.

Janeiro 21, 2005

A minha popularidade desde... 1900

Miguel Marujo

Miguel

[means: Who is like God]





[A rank of 1 means it is the most popular name for that gender. A rank of 1000 means it is the 1000'th most popular. Bar graph statistics are compiled and published by the Social Security Administration, based on samplings of applications for Social Security cards.]


em compensação, noutra pesquisa: «Sorry, Marujo has never been a top 1000 name so we are unable to display a graph for the name Marujo.»

Janeiro 21, 2005

A verdade da mentira

Miguel Marujo

Na quarta-feira à tarde, o PortugalDiário noticiou que «o CDS admite viabilizar Governo minoritário do PS». Mota Soares, secretário-geral do partido - certamente com instruções superiores -, veio desmentir «categoricamente» a notícia. Na quinta-feira à noite, em entrevista à SIC Notícias, Paulo Portas admitiu esses entendimentos.



«Credibilidade», dizem eles nos cartazes.





[blogo-nota: afinal aquilo que não podia ser confirmado, confirmou-se apenas 24 horas depois, caro Paulo.

outra-nota: raramente "trago" a este blogue notícias da minha autoria no PD, mas esta forma de fazer política do PP tem de ser aqui "estampada"]

Janeiro 19, 2005

E nós? Choramos ou rimos?

Miguel Marujo

ou a letra da música que acompanha a entrada em cena de Santana nos comícios



Guerreiro Menino (um homem também chora)



«Um homem também chora

Menina morena

Também deseja colo

Palavras amenas

Precisa de carinho

Precisa de ternura

Precisa de um abraço

Da própria candura



Guerreiros são pessoas

São fortes, são frágeis

Guerreiros são meninos

No fundo do peito

Precisam de um descanso

Precisam de um remanso

Precisam de um sonho

Que os tornem refeitos



É triste ver este homem

Guerreiro menino

Com a barra de seu tempo

Por sobre seus ombros

Eu vejo que ele berra

Eu vejo que ele sangra

A dor que traz no peito

Pois ama e ama



Um homem se humilha

Se castram seu sonho

Seu sonho é sua vida

E a vida é trabalho

E sem o seu trabalho

Um homem não tem honra

E sem a sua honra

Se morre, se mata

Não dá pra ser feliz

Não dá pra ser feliz»

Janeiro 19, 2005

Detector de spin

Miguel Marujo

Sócrates disse aos jornalistas espanhóis na quinta-feira que era contra a retirada das tropas do Iraque. A notícia saiu no sábado no El País e no El Mundo. Ontem e hoje (quase uma semana depois) a comunicação social portuguesa sai com essas citações, depois de um trabalho de assessoria persuador das hostes do PSD. Na mesma altura em que Santana puxou o assunto, num comício em Mira. A esquerda domina o quê?