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Cibertúlia

Dúvidas, inquietações, provocações, amores, afectos e risos.

Janeiro 31, 2005

Upgrade (o liberalismo)

Miguel Marujo

A empresa fez um inquérito sobre o refeitório e o bar. A avaliação menos positiva levou a empresa a mudar de concessionário. O novo concessionário cobra 50 cêntimos pelo café que antes custava 32. O aumento "brutal" é acompanhado de uns retoques modernaços (umas decorações "made in Habitat"), mas sem grandes mais-valias no serviço. E por detrás de uma suposta melhoria para os trabalhadores estes são os verdadeiros prejudicados com os aumentos. Os liberais acham que é o mercado a funcionar, claro. Eu acho que é o roubo organizado, mas devo ser só eu. Manias. Deve ser isto que me faz ser de esquerda.

Janeiro 28, 2005

Sete andamentos e uma imagempara o fim-de-semana

Miguel Marujo

Janeiro 28, 2005

Pobre país, o nosso (versão incómoda)

Miguel Marujo

Afirma Pacheco: «Em quem é que eu voto? É a pergunta que mais me fazem. É a pergunta que mais me faço. Já tive mais certezas do que as que tenho hoje. [...] Mas eu estou em oposição a Santana Lopes e não ao PSD, cujo papel na democracia portuguesa continuo a considerar vital. Seria mau para Portugal que Santana Lopes voltasse a ser Primeiro-ministro, mas seria péssimo que o PSD perdesse o seu papel único no sistema político português. [...] Dito isto, fique bem claro que o PS não é alternativo aos males do PSD. [...] Discordo por isso em absoluto da posição de Freitas do Amaral no plano político. [...] Freitas do Amaral tomou uma posição de consciência, pouco fácil para quem foi o que foi e é o que é. Merece respeito por isso e discordância política. [...]» [E é melhor ir ao "link" ler tudo.]



Nunca fui militante de qualquer partido, por isso não sei como lidaria com uma situação de ruptura com o líder desse meu partido. Também acho que não se exige a Pacheco que vote no PS. Mas, julgo, depois de ler a série de textos sobre pobre país, o nosso e muitos outros "posts", ao longo destes meses, que a ruptura com o status quo partidário mereceria uma reflexão mais liberta do argumento da fidelidade ao partido. [Os exemplos de outros partidos não serão água para sacudir do capote? Não me lembro de Alegre, depois de eleito Sócrates, dizer que este seria um péssimo primeiro-ministro; e muitos renovadores do PC foram até à última consequência de não votar no partido.]

Janeiro 28, 2005

A cabala na campanha

Miguel Marujo

«Santana Lopes diz que está montada uma mega-fraude para condicionar os resultados eleitorais e lançou, na quinta-feira à noite, um aviso às empresas de sondagens: «Ou se vem a confirmar as previsões que são feitas nas sondagens, e nós saberemos reconhecê-lo se assim fosse, ou, desta vez, se tal não vier a acontecer, não vai ficar tudo na mesma e as responsabilidades vão ser pedidas», advertiu.»



Santana não anda de transportes públicos. Se andasse, era capaz de dar outro crédito às sondagens. Mas leiamos o especialista.

Janeiro 27, 2005

Sem critério de urgência

Miguel Marujo

[ou à atenção do senhor do grupo Mello que se diz ministro da Saúde]



«À tarde "com gripe e anginas" [Santana] foi à Urgência dos HUC (os Hospitais da Universidade como ele diz). Lopes, que requisitou uma equipe de INEM para o acompanhar, vai à Urgência dos Hospitais da Universidade quando tem anginas. Depois queixem-se da má utilização dos serviços, do curto circuito aos médicos de família e aos Centros de Saúde.»
Luís, in A Natureza do Mal

Janeiro 27, 2005

Saber do que se fala

Miguel Marujo

«Os períodos de nojo estão como as estações, cada vez mais curtas, cada vez mais inconstantes. Guterres não fez a travessia no deserto que prometeu. Foi ali à praia de Cacilhas e voltou. Suspeito que o país vai tendo os políticos que merece.» Rodrigo Moita de Deus - do blogue-facho* da direita portuguesa, O Acidental - assina esta pérola (entre outras). Porque sabe do que fala. Ele foi (é?) assessor de Leonor Beleza, no Parlamento.





* - para que não restem dúvidas ou saltem indignadas vozes: «facho: s. m., archote; luzeiro; farol [...]».

Janeiro 25, 2005

Serviços públicos back to normal

Miguel Marujo

1. Os elogios foram apressados. Como todos os serviços públicos, a experiência de horários da Carris por SMS arrancou bem, mas nos últimos dias, em três ou quatro utilizações, os dados foram transmitidos com erros.

2. O Metro era um sossego, apesar da selecção musical nem sempre ser desejável e apesar da multidão. Mas era um sossego: ali esquecíamos a televisão a berrar ou os omnipresentes telemóveis. Tudo acabou, primeiro com a TV interna, a partir de 31 de Março, com tô sim ao nosso lado.

Janeiro 25, 2005

Um Barnabé muito culto

Miguel Marujo

"Velho amigo, brilhantíssimo paginador do livro do Barnabé, tipógrafo, fonógrafo, daltónico. Também é pai – ora toma. É o gajo mais culto do Barnabé, razão pela qual diz que não sabe se vai escrever. Será o nosso director artístico". De quem fala o Barnabé? Do Olímpio, nosso compincha de muitas andanças e comentador à distância desta casa. Agora, disponível ali nos amigos barnabitas.

Janeiro 25, 2005

De como se pode votar no PS de Sócrates

Miguel Marujo

"(...) É gente que votou em Guterres em 1995 e desde então tem alternado entre o voto em branco e o Bloco. Lamentaram o regresso ao poder da direita em 2002 mas, porventura com alguma razão, acharam que o PS merecia uma cura de oposição. Com o Barrosismo veio a austeridade e as terapias dolorosas da direita. Com menos dinheiro no bolso, os anos de Guterres começaram a ser recordados com nostalgia, mas a memória d episódios como o “totonegócio”, o referendo ao aborto ou o orçamento limiano, tornou muito difícil a reconciliação com o PS. Até que entra em cena Santana Lopes. A mera possibilidade desta criatura continuar politicamente activa, liderando com Portas a oposição de direita a um governo minoritário do PS, incutiu-lhes as primeiras dúvidas. (...)" Pedro Oliveira, in Barnabé - que continua um exercício crítico muito interessante sobre a importância de votar no PS de Sócrates.

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