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Cibertúlia

Dúvidas, inquietações, provocações, amores, afectos e risos.

Dezembro 31, 2004

[noche vieja]

Miguel Marujo

Bom ano, boas entradas, feliz ano novo, break a leg, festas felizes, um feliz 2005, um óptimo ano. Como se fosse possível! - olhar para este ritual da passagem de ano e esquecermo-nos de tudo o que se passa, lá longe ou aqui ao lado. Apenas podemos esperar que o próximo ano seja (mesmo) diferente. Acompanhem-nos, se quiserem.

Dezembro 30, 2004

[quotidianos]

Miguel Marujo

Lá em casa, duas romenas que vieram para o encontro de Taizé manifestam surpresa - repulsa? - pelas «muitas pinturas e grafitti» nas ruas de Lisboa do símbolo do PCP.



O primeiro-ministro saiu em defesa do embaixador na Tailândia, mas admitiu que, «como cidadão», teria regressado ao saber da tragédia (o diplomata aguardou dois dias). «Era uma decisão que estava no âmbito da sua decisão discricionária», disse Pedro Santana Lopes.



Nuno Gomes não apareceu numa conferência de imprensa depois de um jogo de futebol: foi multado em 3200 euros. Os adeptos do Vitória de Guimarães tentaram agredir um árbitro, arrancaram cadeiras do estádio e lançaram-nas para o relvado: o clube foi multado em 1500 euros.

Dezembro 29, 2004

Uma pequena gota

Miguel Marujo

Outra forma de acompanhar os trágicos acontecimentos.



E outras formas de ajudar.

Assistência Médica Internacional

Banco Espírito Santo – nº 015/40000/0006

Multibanco - entidade 20909 e referência 909 909 909 em Pagamento de Serviços

Tranferência bancária para o BES - NIB 000700150040000000672



"SOS Crianças da Ásia" da UNICEF

Caixa Geral de Depósitos – NIB 003501270002824123054



Cáritas ajuda vítimas do Sudeste asiático

Caixa Geral de Depósitos – NIB 003506970063091793082



Apelo emergência da Cruz Vermelha

Banco Português de Investimento – NIB 001000001372227000970

Dezembro 28, 2004

Agendas

Miguel Marujo

Em tempos, o jornal Blitz escolheu os melhores discos da década de 80 no final do ano de 1988. Toda a música produzida em 1989 não pôde ser considerada para essa lista.

Agora, muitos jornais sentenciaram as personalidades e os acontecimentos do ano. Ainda antes do Natal já se alinhavam listas em que o 11 de Março ou as eleições americanas surgiam em plano de destaque. Pressas de agenda: a tragédia da última semana de Dezembro já se tornou num dos principais acontecimentos do (curto) século XXI.

Dezembro 28, 2004

Fatalismos (comentados)

Miguel Marujo

Sobre Deus, os maremotos, a culpa ou a falta dela: no BdE (com comentários meus e respostas de Luís Rainha, à espera ainda de um contra-comentário), nos Galarzas (numa versão moderna de bem com deus e com o diabo ou nem por isso e com uma lista de coisas boas a não perder), no Afixe (com um comentário sapiente do nosso Sirhaiva).

[actualizado:] Também no Afixe, o Bernardo escreveu entretanto um texto essencial sobre o problema do mal.

Dezembro 27, 2004

Fatalismos

Miguel Marujo

Já se sabia: há quem perca a fé por causa destas coisas. Há quem não a tenha e ache que a culpa é de Deus. Porque Ele permite a tragédia, acusam. É o raciocínio de utilizador-pagador: de um lado, crentes que se ajoelham e pedem a intercessão de senhoras de Fátima e senhores de Compostela contra marés negras e por vitórias nos futebóis. Do outro lado, descrentes que cobram aquilo que não existe - um deus a mandar pragas ou benesses sobre o mundo, qual vingador de uma humanidade dissoluta ou benfeitor de quem se benze. Uns e outros querem descartar-se daquilo que é a sua responsabilidade (como no caso do Prestige ou de futebol) ou apenas causa absurda da natureza (como nesta tragédia maior).

Dezembro 27, 2004

Expulsos do paraíso

Miguel Marujo

O local era um paraíso - assim o retenho na memória. E nas fotografias. O azul único do mar, a grandeza do oceano a rodear aquele pequeno pedaço de terra. Ou a simpatia de Farrahad e Darryl que nos explicavam a marca da curta presença portuguesa nas Maldivas, em palavras como toalhi e chá. É impossível não nos impressionarmos. É impossível não nos comovermos.

Darfur, 11 de Setembro, 11 de Março - têm a marca da bestialidade do homem. Mas hoje só nos podemos curvar perante a monstruosidade da natureza. Quase impotentes.

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