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Cibertúlia

Dúvidas, inquietações, provocações, amores, afectos e risos.

Outubro 28, 2004

A viagem

Miguel Marujo

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Esta manhã, o presidente da CP passeava-se em comitiva para mostrar como estão a funcionar os alternativos. Dei a dica a um jornalista amigo: "pergunta-lhe pelos ecrãs que dão informações erradas...". Assim é: em Sete Rios, no ecrã anuncia-se o "semidirecto" para Sintra, com paragens (no percurso que faço) em Benfica e Queluz-Massamá. Entro no comboio sem olhar e páro em todas as estações. O comboio «Sintra SD» ultrapassa aquele em que sigo na Amadora. O que vale é que umas meninas da CP, à chegada a Queluz, oferecem-me um chocolatinho belga, para festejar a primeira viagem ferroviária há 148 anos. Um charme, esta CP.

Outubro 28, 2004

A mensagem

Miguel Marujo

À minha diatribe sobre católicos e homossexuais, uma leitora (MAP) reagiu dizendo que eu serei «menos "católico devoto"» e, eventualmente, «mais cristão». Deixo as suas palavras - de um tema a que voltarei, também por causa dos comentários lá "postados".



«Sim, meu caro, você é menos "católico devoto" que Mário Pinto. Graças a Deus, quem sabe, você é mais cristão (admitindo, para não julgar, que Mário Pinto é cristão). Mas qual é a sua "pertença" eclesial, em face da "doutrina" e da "autoridade"?!



Eu também passei por encruzilhadas como as suas . Comprometi no seio da Igreja Católica a minha juventude. Até que percebi que pensando como eu pensava, sentindo como eu sentia, eu, afinal, estava fora da Igreja Católica. Fiquei sem Igreja, até hoje. Infelizmente, desfez-se nesse percurso a minha fé. "Infelizmente", digo, porque me ficou o mesmo sentimento descrito por uma Carmelita, assim:



"Quando perdi a fé, sofri por ter deixado de rezar. Por ter deixado de ter alguém a quem me dirigir. Não vejo nada que se lhe possa equiparar, a não ser o desespero absoluto e sem recurso do fim de um qualquer amor".

(in Outside, de Marguerite Duras)



Gosto muito de o ler. E gostei, apesar de tudo, de o ver reagir e demarcar-se como católico. Com paixão pelo Evangelho...
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Outubro 28, 2004

A rua

Miguel Marujo


Um dia espreitei para as suas casas e senti-me acolhido. Da porta do lado saíam músicas belíssimas. Às janelas viam-se belas palavras. E dos seus candeeiros, a luz que iluminava o caminho nem sempre escolhia o ângulo mais fácil. E só se pode gostar de um sítio assim quando ali se canta שיר לשלום (A Canção da Paz).

Parabéns, Nuno, pelo primeiro aniversário da tua rua.

Outubro 28, 2004

A porta

Miguel Marujo

A imagem diz tudo. Rui Gomes da Silva atarantado com as perguntas dos jornalistas tenta abrir uma porta para sair dali rapidamente. Não consegue e tem de sair por outra porta onde se aglomeram os jornalistas. A porta da demissão permaneceu ontem fechada. Quando é que o ministro-para-lamentar perceberá que só tem essa porta para abrir?