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Cibertúlia

Dúvidas, inquietações, provocações, amores, afectos e risos.

Agosto 30, 2004

Leituras a bordo

Miguel Marujo

Pacheco Pereira apresenta-nos três textos certeiros sobre o barco, o aborto, o Governo, o Bloco. Traremos aqui outras reflexões. Pró e contra, ponderadas. Por nós, já lançámos algumas questões...



15:48 (JPP)

«ESPELHO UM DO OUTRO

Que os radicais "fracturantes" das organizações do Bloco de Esquerda trouxessem cá o barco para organizarem uma operação de propaganda usando a "causa" do aborto, vá que não vá, estão no seu papel.

([...] ao transformar a questão do aborto numa guerrilha radical, fazem estragos consideráveis no esforço moderado e necessário para acabar com a criminalização do aborto. Convém não esquecer que, seja qual for a evolução da situação, deverá haver um referendo, e no referendo os excessos pagam-se.)

Agora que o governo português resolva actuar como um espelho do Bloco, como um grupo radical de sentido contrário, com todos os tiques do radicalismo ideológico, com a agravante de abusar dos meios do Estado, é que coloca uma questão muito mais grave do que o folclore do barco. Se o barco foi uma provocação, este governo respondeu-lhe ao mesmo nível.»



13:20 (JPP)

«UMA PERIGOSA ESTUPIDEZ

As revistas feitas pela Polícia Marítima a um barco português só se justificam caso haja séria suspeita de que este esteja envolvido numa actividade criminosa. Não se fazem revistas a um barco (ou a um carro, ou seja lá o que for) para intimidar as pessoas que lá vão. As forças armadas portuguesas não podem ser usadas para acções de intimidação contra cidadãos que não estão a violar nenhuma lei, mesmo que não se concorde com as suas acções e opiniões. As forças armadas portuguesas não podem ser usadas para servir de cobertura a encenações políticas. O Presidente da República é posto directamente em causa se não fizer ou disser nada.»



12:22 (JPP)

«UMA CARA ESTUPIDEZ

Mas que cara estupidez é essa de ter dois barcos de guerra a controlar um pequeno barco, só para fazer figura? Não estou aqui a discutir a decisão de impedir o barco de atracar, que é uma outra questão. Só pergunto se não há outros meios mais baratos e discretos de controlar um barco nas águas internacionais. É que este espavento, (caro, insisto), é uma marca de água do ocupante da Defesa, que envergonha os militares sob sua alçada. Show off

Agosto 30, 2004

Silêncio ensurdecedor do marulhar das águas

Miguel Marujo

Jorge Sampaio não comenta, nem em inglês. Santana Lopes desapareceu algures em Ibiza. A Igreja deixa as despesas da contestação para os fundamentalistas de sempre. E, no meio disto, não há vozes que pensem para lá da espuma dos dias, dos holofotes das televisões ou do soundbyte simplista.

Agosto 30, 2004

De regresso à normalidade

Miguel Marujo

Nossa Senhora ainda não foi avistada na zona da Figueira da Foz. Santana Lopes ainda não foi avistado no país. O futebol regressou e, queiram deus e as santanetes, tudo voltará à normalidade.