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Cibertúlia

Dúvidas, inquietações, provocações, amores, afectos e risos.

Agosto 12, 2004

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Miguel Marujo

Sem imaginação, pensar um país menos pobre, o nosso. E sonhar um outro mundo, este. Saltar dez anos e descobrir que Santana Lopes foi devidamente apeado em eleições, que tinha inicialmente evitado. Perceber que os julgamentos dos casos mais mediatizados do início do século XXI estavam, há muito, resolvidos com os culpados condenados e os inocentes absolvidos. Abrir o jornal e ler na secção «Efemérides» um "fait-divers" de 2004 que levou à demissão de um director da PJ e à limpeza do nome de quem tinha sido caluniado, mas também à discussão sobre um jornalismo que terá sempre falhas, mas poderá ser cada vez mais exigente. Apagar a televisão depois da reportagem sobre as comemorações da paz no Iraque, nas fronteiras israelo-palestinianas, no Afeganistão, no interior do Sudão, e da independência do Sara Ocidental e da Tchetchénia, e da vitória da liberdade em Angola, Cuba, Rússia, Zimbabwe, Arábia Saudita, Venezuela, e da vitória da inteligência nos EUA e na União Europeia. Um enjoo este nosso mundo? Talvez, mas tão melhor...

Agosto 12, 2004

Folias de Agosto

Miguel Marujo

«Entretanto, para que a comédia de verão não espere, o inefável jornalista Octávio, do pasquim Correio da Manhã, promove sem qualquer rebuço judicial, providências cautelares, ridicularizando tudo e todos. Por sua vez, o sr. Óscar do Sindicato anunciou qualquer coisa que ninguém entendeu, entre aventuras para jornalistas em começo de carreira e verduras protestatórias que ofusca a inteligência, enquanto a PGR lança sobre a nossas malabrutas cabeças um espantoso texto, da mais pura e casta insanidade. Como são de folia as tardes de Agosto.» - do Almocreve das Petas.

Agosto 12, 2004

Máscaras

Miguel Marujo

Oscar Mascarenhas é uma figura incontornável do jornalismo português. Goste-se ou não. Foi presidente do Conselho Deontológico do Sindicato dos Jornalistas anos a fio, e voltou a sê-lo depois de um curto mandato de António Jorge Branco. Entre os jornalistas, há quem aprecie, há quem o deteste. Sempre ouvi piadas às suas opiniões excessivamente deontológicas, sobretudo de jornalistas mais novos ou daqueles que têm a sua própria cartilha. Agora - apenas porque dá jeito - fazem-se manchetes e invoca-se a opinião de Mascarenhas. Quem fez tanta manchete reprovável (condenável, sem olhar a deontologia alguma!), quem ouviu das boas por causa dessa coisa que só interessa para encher a boca, agora faz-se de virgem ofendida. As máscaras caíram.