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Cibertúlia

Dúvidas, inquietações, provocações, amores, afectos e risos.

Junho 07, 2004

Um guia para as eleições

Miguel Marujo

Das europeias, quase não consigo dizer nada. A não ser que, depois do voto, vou trabalhar. Para ouvir as fracas razões dos votos. Ontem, antes de me perder por Alicia, entrei no país das maravilhas, com o saudoso «tempo de antena», que tão pouca atenção merece, mesmo em jornais que antes acompanhavam as sessões diárias de videoclips de caça ao voto. E descobri o Movimento do Doente (ou pelo doente?). E ouvi o discurso só aparentemente inócuo de uns nacionais e renovadores, que nada têm de nacionais e menos ainda de renovadores. E visitei os Açores e a Madeira num discurso quase sem objectivo (nem sequer um votem em nós) do PDA. E lavrei a nota de protesto do POUS, ameaçado de extinção. E tomei nota da salganhada ideológica mais engraçada de todas: o Partido Humanista é o único que nos parece lembrar que estamos em campanha para as eleições europeias, com um tempo de antena poliglota, nos depoimentos e nas palavras de ordem.

Junho 07, 2004

Para cavar fundo...

Miguel Marujo

«Enquanto me considerei cristão (ser católico era uma contingência), nunca concebi que o pudesse ser fora de uma igreja. Isto é: fora de uma comunidade. Ainda hoje tenho alguma dificuldade em compreender as pessoas que, dizendo-se católicas, dizem que essa é uma opção interior que nada tem a ver com "cerimónias" e "idas à igreja". O sentido de comunhão é inseparável daquilo que um agnóstico como eu ainda pode compreender numa religião. Parece-me um agudo sinal dos tempos que alguns queiram ser cristãos sozinhos.» Uma enxada metida à terra.

Junho 07, 2004

Contra a canonização

Miguel Marujo

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«Por isso esse homem, que propôs, ainda como governador de California, intensificar os bombardeamentos sobre Vietnam e transformar todo este pais num "nice, clean parking-lot", (uma boa amostra da sempre encantadora obsessão americana com a limpeza), é o verdadeiro heroi do fim da guerra fria, e não estas figuras cinzentas e secundárias - como e que se chamaram? - ah, pois era: Gorbatchov, Woytila, Sacharov, Walesa, Havel...»

In Quase em português (via Adufe)

Junho 07, 2004

Blogues à solta

Miguel Marujo

Como ninguém se lembrou dos BLOGUES, a começar pelos interessados, quem está interessado em aparecer pelo Parque Eduardo VII, Lisboa, quinta-feira, 10 de Junho, a partir das 17 horas, no Café dos Ilustradores da 74ª FEIRA DO LIVRO?!



1.

Leva o teu Blogue pela mão!

Promove o teu blogue do dia!

Que descontos estás disponível a fazer?!

(Por ex. É entrar, meus senhores, agora a ânimo, o adufe e a cibertúlia com ... 20% de descontos!)



2.

Alguém quer pegar na ideia de descermos à Feira e ali discutirmos o livro que vive adormecido dentro de cada blogue?!

Ou, o melhor é enrolar a manta (não, não, Dr. Deus Pinheiro, não é da sua - a suposta, claro - que falamos!) e promover, um destes dias a 1ª FEIRA DO BLOGUE?!

Estão a ver, no mesmo Parque, cada bloguista sentado à sombra de uma árvore, ligado ao seu portátil, a voz da Paula Moura Pinheiro a convocar, na aparelhagem da feira, os bloguistas, por ex. exclusivamente políticos, para o 1º Debate, no Blog/Café, com moderação de Zé Magalhães e Pacheco Pereira?!

Ou, então, «"O Gato Fedorento" está a autografar, neste momento,à sombra do seu Jacarandá da ala norte, as password dos bloguistas que o desejarem!»



Uma sugestão com ânimo!

Junho 07, 2004

Rock in Rio

Miguel Marujo

Estou de volta!

Já andava para voltar há uns tempos, mas a fotografia de Alicia Keys foi a gota de água!

Obrigado, Miguel! E obrigado, também, pela excelente rádio que criaste no Cotonete! Sou ouvinte fiel e entusiasmado! Parabéns!



Voltando ao Rock in Rio, deixem que conte que fui lá, no primeiro fim-de-semana, ver o Peter Gabriel. Fui e gostei!



Gostei (muito) do Peter Gabriel, gostei (bastante) do Ben Harper e gostei do espaço, da organização e do ambiente. Gostei tanto, que passei a acompanhar, quase permanentemente, a emissão da SIC Radical. Assisti, por isso, a outros (muitos) concertos.



Por exemplo, na passada sexta-feira assisti aos concertos dos Slipknot (a banda de Corey Taylor, conhecida por ser originária dessa mítica cidade de Des Moines, Iowa, e pelas máscaras que utiliza nas suas actuações, deu, goste-se ou não, um grande espectáculo), dos Incubus (demasiado alternativos para a cena heavy metal que estava montada para esse dia mas, musicalmente, muito bons) e dos Metallica (brutal! aquela que é considerada a melhor banda de heavy metal dos anos 80, legítimos herdeiros da tradição dos Black Sabbath, Deep Purple e Led Zeppelin, protagonizou alguns dos melhores momentos do Festival); no sábado, voltei a sentar-me à frente da televisão e vi os concertos da Britney Spears (a princesa do teen pop foi uma desilusão completa: da música já não havia nada a esperar, mas o espectáculo foi fraquinho, ela está gorda como um texugo e o play-back era escusado... da próxima vez, tragam a J-Lo!), dos Black Eyed Peas (o melhor concerto do dia e um dos melhores do Festival! Hip-hop do melhor, energia transbordante, mensagens positivas e um apelo comovente aos portugueses para que rezem pela lucidez eleitoral do povo americano...) e da Daniela Mercury (eu sei que a Daniela é uma artista de enorme sucesso, no Brasil natal e no Portugal ávido de música brasileira, mas eu já não tenho pachorra para o axé...); e ontem, que era dia de Sting, comecei por ouvir o Luis Represas no carro, na sintonia da RFM (a Inês ainda me disse que devíamos ter comprado bilhetes para ontem...) e, depois, já em casa, refastelado no sofá, vi os concertos da Ivete Sangalo (mais axé...), da Alicia Keys (a princesa do neo-soul impressiona pela sua segurança em palco, contando quase só com a voz e o piano! adorei a versão de «Never can say good-bye» dos Communards!) e do Sting. O problema é que hoje é dia de trabalho e, por isso, só vi o primeiro quarto de hora...



Enfim, balanço positivo. Fico à espera da edição de 2006.