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Cibertúlia

Dúvidas, inquietações, provocações, amores, afectos e risos.

Junho 01, 2004

Limpar os ouvidos

Miguel Marujo

Kruder & Dorfmeister, Aguaviva ou Celia Cruz. Go-Betweens, Fernanda Porto ou Velvet Underground. David Sylvian, Radiohead, Robert Wyatt ou algumas coisas improváveis que aparecem sem saber como (e que obviamente nunca escolheria) estão agora disponíveis numa rádio privada para animar quem nos visita. Basta descer a página, e quase no fim da coluna da direita clicar no cotonete. O prazer é todo nosso.

Junho 01, 2004

Automatizada

Miguel Marujo

Doze letras sobre o vidro do autocarro da Carris anunciam algo que não se percebe à primeira: «Automatizada». A condução? Não, o homem de azul ainda por lá anda a conduzir o "amarelo". A velocidade? Quem dera, mas o pára-arranca da cidade não permite grandes pressas, mesmo quando (às vezes, nas horas de ponta) os corredores bus sejam um óptimo posto de observação de quem rumina nas bichas... Não: «Automatizada» é a «cobrança», mas não se explica (como não se explica o que é um BUC). Mas automatizada em quê? Eu dou o dinheiro ao motorista se quiser o bilhetinho, ele dá-me o dito e o troco se for caso disso, e eu tenho de o «obliterar» para confirmar a viagem. Se for viajante com passe também sou eu a passá-lo na máquina. Enfim: aquelas letras devem querer significar outra coisa mesmo.

Junho 01, 2004

Livro de reclamações

Miguel Marujo

A Carris tem uns autocarros pequenos novos muito bons: ar condicionado, cómodos e mais suaves na condução que os seus "antecessores". O pior é o silvo que rebenta os tímpanos mais saudáveis quando a porta de trás se fecha. Não há maneiras mais silenciosas de avisar os passageiros que o carrinho se prepara para arrancar?

Junho 01, 2004

Justiças - «o falso culpado»

Miguel Marujo

«[...] Um homem foi condenado a [...] prisão por um crime [...] que, conforme aqui se demonstra, não cometeu. [...] Tudo não passou de uma encenação [...]. Mas o mais perturbante é o erro da Justiça, que condena sem possuir provas para lá da incerteza prevalecente».



Quem escreve assim? Felícia Cabrita, na «Grande Reportagem», do sábado passado. E não, não é sobre a Casa Pia. Nessa matéria, a jornalista prefere a incerteza prevalecente» de testemunhos orais, pouco consistentes (crê a juíza) às provas que nunca possuiu. «Quando a justiça se engana», titula a revista, é sobre um lavrador que foi condenado a cinco anos de prisão por crime de violação. E quando o jornalismo se arma em justiceiro, Felícia diz o quê?