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Cibertúlia

Dúvidas, inquietações, provocações, amores, afectos e risos.

Abril 05, 2004

À liberdade, que é sempre pouca

Miguel Marujo

Aí está Abril. Noutros anos, por altura do 25, o meu atendedor no telemóvel passava a transmitir do posto de comando do movimento das Forças Armadas. Era a revolução a irromper por onde menos se esperava. Como este ano, o telemóvel aderiu à colectivização, vejo-me obrigado a fazer Abril noutro lado. Aqui, mas também num novo blogue que retoma exactamente aquelas palavras mágicas: «Aqui, posto de comando do movimento das Forças Armadas». Abril saiu à rua num dia assim.



São vários os blogues que estão na origem deste movimento. A história pode ser lida aqui.

Abril 05, 2004

Os portugueses merecem perder horas enfiados nos carros em filas intermináveis

Miguel Marujo

«Taxistas e motoristas de autocarros são unânimes em considerar que nada mudou com a chegada da linha amarela do metro a Odivelas. O trânsito às horas de ponta, dizem, habituados que estão a percorrer diariamente o percurso entre Odivelas e Lisboa, "está normal".

[...] os principais utilizadores da extensão da linha amarela são utentes que antes recorriam ao autocarro para chegar ao Campo Grande, onde mudavam para o metro. "Nota-se pelo facto de os parques estarem a meio gás", explica [um funcionário, referindo-se aos parques de estacionamento criados junto às estações de metropolitano do Senhor Roubado e de Odivelas.
» [in Público]

Abril 05, 2004

«A» semana que antecipa a Páscoa

Miguel Marujo

Está ali o início da semana santa. O domingo de Ramos festivo, colorido, de origem maia, por contraponto a uma imagem sofrida que muitas vezes nas nossas ruas por estes dias, com o Senhor dos Passos, carregado de cores pesadas e madeiro inclemente, ou as cruzes que batemos e rogamos no peito. Mas esta Páscoa que aí se anuncia não nos pode fazer esquecer alguns sinais preocupantes nos nossos dias e trabalhos... Vamos trazê-los aqui, durante a semana.

Abril 05, 2004

A mentira como coisa pública

Miguel Marujo

Depois do «eu vi as provas» do nosso primeiro-ministro, dos «quatro mortos» do ministro da Saúde e do país que não estava a arder assim tanto do ministro Lopes, hoje destacam-se outras duas notícias que se inscrevem no exercício da política pela mentira (e peso as palavras):

«Hospitais SA tiraram despesas das contas»: os custos dos medicamentos não foram contabilizados por ordem do ministro Luís Filipe Pereira. Se fossem contabilizados aqueles encargos os custos operacionais dos "SA" subiriam até aos 6,2 por cento, um valor acima daqueles apresentados pelos hospitais públicos.

«Governo já previa em Janeiro fecho da Bombardier»: quando Durão Barroso e Carmona Rodrigues apresentaram ao país o impacte da alta velocidade na economia portuguesa, em 18 de Janeiro, «já não estavam a considerar a antiga Sorefame nesses cálculos».