Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Cibertúlia

Dúvidas, inquietações, provocações, amores, afectos e risos.

Fevereiro 03, 2004

O ecumenismo (outro post aberto a Tiago*)

Miguel Marujo

Acompanho a sua Voz há muito. Por me fazer reflectir. Por me divertir, também. E porque sim!

Sou católico, nunca o escondi aqui. E alimento este blogue (acompanhado de outros amigos) com as minhas (nossas) preocupações - que vão da política ao desporto, do cinema à religião.

Em Setembro passado, li com atenção as suas "aulas" de «Religião e Moral». Agora acompanhei a sua «exegese». Senti-me interpelado, por não se querer ecuménico (digamos assim):

- por causa do ecumenismo, que me abriu portas para um entendimento diferente da Palavra e da celebração (aliás, a noção de Festa fui bebê-la em celebrações ecuménicas ou de outras igrejas cristãs);

- por causa da Festa: não percebi se prefere uma celebração que seja apenas ritualista, ou se pelo contrário acha pertinente trazer expressões da Cultura e da Arte para o seio das celebrações da sua Igreja;

- por causa ainda da expressão da fé "fora de portas": «É assunto daqueles que lá estão. Exclusivamente». E por ter escrito, nos últimos dias, que «a propaganda pertence aos que clamam por Barrabás - os que nunca perdoaram Jesus por ter vindo por causa da alma e não por causa da política».



Perante a afirmação que faz - «Deixa-nos espaço para que as igrejas se dediquem à fé e não à voluptuosa transformação do mundo» -, pergunto-me(lhe): não deve a nossa fé interpelar-nos para a constante vontade de transformar o mundo. Sei que nos posicionamos politicamente de modo diverso: mas à "direita" e à "esquerda" a fé não deve ser constante interpelação do quotidiano?



* - para leitores ocasionais ou outros, aconselho ainda uma outra interpelação a Tiago, do amigo CC.

Fevereiro 03, 2004

A descolonização da Defesa

Miguel Marujo

Hoje, em comunicado timbrado do Ministério da Defesa Nacional, assinado pelo «TCor Inf Vasco Francisco de Melo Parente de Alves Pereira, chefe da SIPRP/GabCEME», lê-se a seguinte prosa:

«Por motivo do falecimento do Excelentíssimo Tenente General Kaúlza Oliveira de Arriaga, difunde-se a seguinte informação:

Hoje, 03 de Fevereiro de 2004, pelas 13h00, o corpo do Exmo TGen Kaúlza de Arriaga será depositado na capela do Hospital Militar Principal (Estrela) onde permanecerá em câmara ardente [...], hora a que se celebrará missa de corpo presente [...]
.» [sublinhados nossos]



Dúvida: um dia, com a morte do tenente-coronel Otelo Saraiva de Carvalho, o comunicado terá o mesmo tom cerimonioso?

Fevereiro 03, 2004

Encontrámo-las!

Miguel Marujo

130 milhões de americanos viram isto*. Menos Bush, que estava a dormir. Agora, vai ser feito um inquérito federal à roupa que se "abriu"... Afinal, as armas de destruição maciça estavam na América!


src=http://www.mundo.iol.pt/mmarujo/tecnologia.ideias/imagens/jj.JPG>

* - isto é: Janet Jackson e Justin Timberlake cantavam no intervalo da final do SuperBowl (final do campeonato de futebol americano) quando um movimento do rapaz "desvelou" a mama da rapariga.

Fevereiro 03, 2004

Os enganadores por eles mesmos

Miguel Marujo

Derlei: «Há muito teatro no futebol», in MaisFutebol, a 23/10/2002



O número anormal e excessivo de faltas cometidas durante o F.C. Porto-Benfica não impressiona Derlei, que, inclusive, admite tratar-se de uma quantidade «nomal para um clássico». «Tratando-se de um jogo tão importante, é natural que o jogador chegue um pouco mais duro no lance», justifica o brasileiro.



Derlei chega a comparar as queixas benfiquistas a «uma tempestade num copo de água», enquanto lembra que jogadores do F.C. Porto já foram alvos de agressões e casos semelhantes. «No futebol há muito teatro, jogadores que tentam iludir os árbitros e as pessoas vivem reclamando», argumenta.



Derlei tem também uma boa explicação para o facto de o F.C. Porto ser uma das equipas que mais faltas comete: «Nós não esperamos pelo adversário, jogamos em cima dele e isso promove o contacto físico. Mas não vamos mudar pelo facto de nos assinalarem muitas faltas».