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Cibertúlia

Dúvidas, inquietações, provocações, amores, afectos e risos.

Janeiro 09, 2004

«Trataram-no bem?»

Miguel Marujo

Os estrangeiros e os emigrantes voltam às terras de Aviz. As perplexidades de Francisco José Viegas passam também pela «forma como são tratados os estrangeiros nas fronteiras, sim — o modo como os brasileiros são recebidos, por exemplo, sobretudo "se têm aspecto de emigrantes" ou de "prováveis emigrantes". A forma como se fazem as perguntas, o tom de voz, o empurrão na fala.»

Não é de agora, como certamente sabe FJViegas. Lembro-me nos idos de 1993 (com mais uma crise Portugal-Brasil, por causa de migrantes "presos" em salas de ninguém dos aeroportos, como pano de fundo), ao viajar para o Rio de Janeiro, do pedido de um funcionário do SEF: «Se o tratarem mal, lá, diga-nos». «Como?», perguntei. «Se lhe fizerem alguma coisa, diga-nos, tá bem?». Disse: fui recebido com um sorriso e um sonoro: «ah! patrício!».

Janeiro 09, 2004

Por um fio

Miguel Marujo

É um dos melhores e (quase) esquecidos filmes de Martin Scorsese. «Por um fio» (Bringing Out the Dead, no original) é também um retrato possível do mundo dos hospitais públicos americanos e aquilo que vemos está longe da imagem imaculada de corredores limpos e brancos. O corredor mais tenebroso do Hospital de Santa Maria parece um palácio ao pé dos hospitais públicos americanos.



Em séries de TV americanas, que têm por ambiente os hospitais, há um pormenor que surge sempre no diálogo de funcionários hospitalares e familiares dos doentes: «Têm seguro?». As respostas negativas provocam sempre a nega do hospital no atendimento desses doentes. Agora, o ministro da Saúde diz ser esse «caminho a seguir». E o serviço nacional de Saúde fica «por um fio». Luís Filipe Pereira devia alugar o DVD no clube de vídeo lá da rua.

Janeiro 09, 2004

Quando a obsessão nasce não é para todos

Miguel Marujo

Manuela Ferreira Leite perdoou o pagamento especial por conta aos taxistas. E o seu Ministério tentou manter a medida em segredo. O episódio é lamentável, mais ainda vindo de quem exige «obsessivamente» o "apertar do cinto" aos portugueses. Pelos vistos, com excepções. Os taxistas - e a Alemanha e a França....