Novembro 27, 2003
Ele há presépios assim (II)
Miguel Marujo
«Façamos então o presépio para este ano. Há musgo? Então acame-se. Agora, as figuras: os reis magos, o pastor, o menino e Maria. Ficou bonito? Para alguns ingleses está óptimo. José, o marido de Maria, não faz falta nenhuma. Foi assim que entendeu a cadeia de lojas John Lewis, que conta com diversos armazéns espalhados pelo país de Sua Majestade. O objectivo é vender presépios monoparentais, só com Maria e o menino. O êxito desta nova representação do nascimento de Jesus Cristo está assegurado para os lojistas da John Lewis: é que certas famílias monoparentais ou homossexuais preferem um presépio «adaptado» à realidade da família que têm.
Segundo relata o semanário Sunday Times, os clientes que têm perguntado aos lojistas o que aconteceu a José têm recebido uma e única resposta: «fugiu». Este fugiu tem um sentido comercial: falar ao coração das mães solteiras que viram os pais dos seus filhos «fugirem» antes do parto.
Mas as novidades não param por aqui. É comum saber-se que os três reis Magos, Baltazar, Gaspar e Melchior, eram dois brancos e um negro. Mas nesta cadeia de lojas, há pacotes de reis magos para o gosto de cada um: três brancos, dois negros e um branco, um asiático e dois negros, e por aqui fora. As combinações são feitas “à la carte”, e permitem que cada família escolha os seus reis. [...]»
João Vasco Almeida (que também me falou no porquinho natalício), in PortugalDiário, Dezembro de 2000
Segundo relata o semanário Sunday Times, os clientes que têm perguntado aos lojistas o que aconteceu a José têm recebido uma e única resposta: «fugiu». Este fugiu tem um sentido comercial: falar ao coração das mães solteiras que viram os pais dos seus filhos «fugirem» antes do parto.
Mas as novidades não param por aqui. É comum saber-se que os três reis Magos, Baltazar, Gaspar e Melchior, eram dois brancos e um negro. Mas nesta cadeia de lojas, há pacotes de reis magos para o gosto de cada um: três brancos, dois negros e um branco, um asiático e dois negros, e por aqui fora. As combinações são feitas “à la carte”, e permitem que cada família escolha os seus reis. [...]»
João Vasco Almeida (que também me falou no porquinho natalício), in PortugalDiário, Dezembro de 2000