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Cibertúlia

Dúvidas, inquietações, provocações, amores, afectos e risos.

Outubro 03, 2003

Regresso aos jardins

Miguel Marujo

Desculpem-me insistir no tema. Entusiasmado com os conselhos do Aviz e do Homem a Dias, dei por mim a encomendar o álbum de Virginia Astley. Devo-me ter precipitado porque o Alfacinha dá-nos conta (e põe a música!) de uma edição de «From Gardens where we feel secure» com o complemento de «Melt the snow», um EP publicado em 1986. Tal e qual como a minha velhinha K7 BASF, que anda lá por casa nuns caixotes...

Nunca mais acaba este dia de trabalho às voltas com a filha do ministro, é o que é.



PS - E vão espreitando o Retorta, que não só "mostra" as imagens dos discos, como coloca em linha as palavras cantadas por Virginia Astley.

Outubro 03, 2003

Já não há vaga

Miguel Marujo

A Cibertúlia está em condições de adiantar que Martins da Cruz foi o único candidato - pelo contingente especial para diplomatas - do curso «Pouca Ética e Sem Vergonha».

Outubro 03, 2003

Hás-de ter muitos amigos...

Miguel Marujo

«Aqueles que me conhecem melhor sabem que, toda a minha vida, nunca fiz um favor a quem quer que seja», Pedro Lynce, ministro demissionário, 3.10.2003.



["posta" sugerida pela Mariana e pelo Olímpio]

Outubro 03, 2003

Hope in a darkened shop

Miguel Marujo

Descubro (obrigado, Francisco, que me levou até às informações originais de Mário Filipe Pires, Alberto Gonçalves e jmf) que, finalmente, Virginia Astley pode ser encontrada nos escaparates de algumas discotecas a preços razoáveis.

Explico: até hoje só encontrava importações japonesas a rondar os cinco contos de «From Gardens where we feel secure» e «Hope in a darkened heart», dois discos obrigatórios em qualquer discoteca. Agora, pelos vistos, «From Gardens where we feel secure» já aparece por aí num preço "normal" (eu que só o tenho em K7, gravado do LP velhinho do Olímpio, outro entusiasta do álbum).

Falta «Hope in a darkened heart» (a ser reeditado em breve), que conheci antes: o primeiro LP que comprei, com o meu dinheirinho amealhado e sem a "tutela" seventies de irmãos mais velhos, e onde descobri - maravilhado! - outra voz: David Sylvian, que (felizmente) tem a discografia toda disponível em CD (e na minha estante, onde também mora «Colossal Youth» dos Young Marble Giants, comprado uma vez na FNAC na inevitável secção de promoções, que se confunde nalguns poucos casos com a secção de «esquecidos/desconhecidos»).



A blogosfera também se faz de cumplicidades: obrigado ao Aviz, ao Homem a Dias, ao Terras do Nunca e ao Retorta (um blogue obrigatório, descubro também agora), pelo regresso a Virginia Astley. Tenho de estar atento nas minhas visitas à FNAC.

Outubro 03, 2003

18 valores

Miguel Marujo

A Madalena no seu ensino secundário teve sempre notas altíssimas (17, 18, 19 e mesmo 20). Um curso feito numa escola muito mal classificada no "ranking" das escolas (longe das bonificações do Liceu Francês, onde a filha do ministro fez o 12º ano). Tentou em dois anos sucessivos - com uma média a rondar os 18 valores... - entrar em Medicina. Sem sucesso. Pelas médias que se sabem. Ao terceiro ano, cansou-se: candidatou-se a Espanha e ao Reino Unido e entrou em várias faculdades espanholas e na exigente Universidade escocesa de Glasgow! Optou por esta, apesar de dois meses depois descobrir que tinha entrado na Faculdade de Medicina de Lisboa, com 18,9, no contingente normal. Foi para fora.

Sem favores de qualquer ministro. Porque não é filha de ministro. E sem dramas - o «sacrifício» de que falou, hipocritamente, esta manhã, Guilherme Silva, no Parlamento, referindo-se ao "castigo" imposto a Martins da Cruz: «O grande sacrifício que constituirá para a família de Martins da Cruz a decisão de voltar a separar-se da sua filha».



Como a Madalena, senhor ministro, há muitos portugueses nesta situação.