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Cibertúlia

Dúvidas, inquietações, provocações, amores, afectos e risos.

Setembro 23, 2003

Amanhã vou à intervista para um emprego na Pluridioma

Miguel Marujo

Vejo «Murphy Brown», na SIC Mulher. Sobre arte e artistas, num registo muito mais leve - mas sempre divertido - que a peça que vi há uns anos - «Arte», com António Feio, José Pedro Gomes e Miguel Guilherme, a partir de Yasmina Reza.



E a meio cai a certeza sobre o português legendado. Garante-me o tradutor (convenientemente anónimo) da Pluridioma: «Intervistei-o»! Amanhã vou bater-lhes à porta.



PS - Pior ainda: no "site" deles disponibilizam duas "secções" hilariantes: «Referências» - e têm duas, de Jamie Bowler, do Travel Channel, e Isalete Pereira, da Lusomundo - e «Só para rir», onde se lê: «Todos os dias nos deparamos com textos que nos induzem em erro ou nos fazem rir. Este espaço destina-se a denunciar essas situações e a entreter quem o procura. Complete connosco a lista já existente! Vale tudo... traduções erradas, anúncios, artigos, etc.». Clica-se e o choro (de riso) é maior: «Eros de tradução».

Setembro 23, 2003

Boatos, ainda

Miguel Marujo

Lanço mais boatos para o debate. Um amigo de CVM escreveu-lhe sobre a tese da propagação da boataria. Já o "linkei" lá atrás (o "post" das 16:07). Vale a pena ler.

«"De acordo com o mais famoso perito em boatos do mundo, estás enganado. Remeto-te para o livro de Jean-Noel Kapferer, "Rumores". Acontece que os boatos sobrevivem da tua forma de pensar: alimentam-se do conceito instintivo de que não se deve dar gaz ao boato. É por isso que eles têm livre curso. Há muitos exemplos históricos de boatos. Todos eles se propagaram porque os visados os ignoraram, muitas vezes no pressuposto de que, se reagissem a eles, estavam a dar-lhes importância. Os boatos "vencidos" foram-no devido a estratégias totalmente opostas, de total exposição e combate frontal com recurso a informação, porque nessa ocasião o mentiroso encolhe-se, com medo que o descubram. Assim JPP, ainda que tenha "lucrado" com o assunto (tema "juicy"), na verdade deu uma machadada no assunto porque o mentiroso tenderá a recolher à toca."»



Mas não há glórias fáceis nestas coisas! E JPH troca-nos deliciosamente as voltas, com este "rumor": «A existência de Deus - esse sim é um grande rumor. Há 2000 mil anos (no mínimo) que não se fala doutra coisa. Pelo que será difícil, a partir deste exemplo, concluir que falar muito de um rumor contribui para o abafar [...]».



No Glória Fácil, JPH insiste no assunto e critica a «hipocrisia» de Pacheco - e dá uma machadada, que eu infelizmente não posso dar (um blogue colectivo e democrata e participativo, como a Cibertúlia, é assim...): «Esta é a primeira vez que o Glória Fácil fala do assunto. É relevante (decisivo mesmo) o facto de o MM não estar "no ar"».

Setembro 23, 2003

Apostasia e liberdades

Miguel Marujo

O Barnabé vai à Estrela entregar um certificado de apostasia, revela-nos hoje. Daqui cheguei a um site repleto de equívocos: «apostosie.org», que anuncia em subtítulo «Porque a liberdade é um dos direitos fundamentais do ser humano». E em desenho acrescenta-se: «Batize inconscientemente, apostate conscientemente» [sic].



Não creio que a nossa liberdade se iniba por sermos baptizados - ou por termos sido baptizados pelos nossos pais. Como não creio que a nossa liberdade se iniba por os nossos pais nos terem iniciado no benfiquismo ou no sportinguismo, no comunismo ou no socialismo, no fascismo ou no liberalismo.



«Inconscientemente», os valores que os nossos pais nos "apresentam" moldam (horror!?) as nossas personalidades, as nossas formas de ser e estar, sem prejuízo algum de, no futuro, renegarmos as nossas "origens", incluindo as católicas, e sem necessidade de assinar um qualquer papel ridículo e ir correr entregá-lo à Basílica da Estrela.



PS - Já desconfiava, mas acrescento esta nota: ao navegar um pouco mais pelo "site" apóstata descobri um argumentário frágil, muito frágil: sobre a pedofilia, com informação omitida, e sobre o baptismo (já repararam como todos os que não se dizem crentes se acham encartados para debater teologicamente qualquer assunto?)...

Setembro 23, 2003

Os boatos deles, as intuições do outro e as irresponsabilidades abruptas

Miguel Marujo

A propósito de alguns "posts" anteriores...



Um leitor do PortugalDiário já tinha dito que Pacheco Pereira os (aos anónimos mentirosos) «assustou». CVM esclarece que, se calhar, a sua intuição estava errada sobre a propagação insistente desse blogue. Mas nada retira aquilo que penso sobre a irresponsabilidade - como fizeram jornais e como potenciou o Abrupto - em divulgar aquelas mentiras...

Setembro 23, 2003

Obrigatórios

Miguel Marujo

São obrigatórios os "posts" diários de Paulo Gorjão, professor universitário, sobre questões nacionais e internacionais, que se multiplicam em mil links e mil referências e pistas para reflexão. O Asceta Filipe já o tornou obrigatório. Eu também acho - e está já na nossa coluna de links «a ler e ver». Para quem gosta de pensar.



Nota: Está lá um debate mantido com um senhor que se diz «católico e de direita», que é contra a Turquia na UE. Gorjão diz (quase) tudo sobre a matéria numa simples frase. Mas é interessante ler o argumentário desse "senhor supostamente católico e de certeza de direita" para perceber o que diz Paulo Portas sobre «os portugueses primeiro».

Setembro 23, 2003

Prémio Eu preferia que lhe cortassem a cabeça

Miguel Marujo

José Eduardo Moniz, director da TVI, hoje em entrevista ao Público:

P. - Com os horários que têm, é dos poucos que vê as séries da TVI no "late night"?

R. - Não... Vamos ver como é que isto evolui. Desde que surjam séries internacionais fortes obviamente que as pomos em antena. Não posso é numa altura em que preciso de fazer 30 ou 35 por cento pôr lá qualquer coisa que à partida sei que faz 20. Se a puser a Causa Justa às dez da noite faz 14 por cento. Isso era colocar a cabeça a jeito para que alguém ma cortasse.

Setembro 23, 2003

Francisco, conselhos práticos

Miguel Marujo

Pois que avisa este blogue de mais um cidadão cibertuliano, o que muito me apraz, e daqui mando já um enorme saravá aos pais nervosos e ansiosos.



Como pai de experiência curta -só oito meses, mas mesmo assim intensos - envio daqui alguns conselhos:



1 - Quando o Francisco sair, se vier de parto normal, terá uma cabeça parecida com o Alien. Não vos assustais. Em poucos dias estará redondinha e linda. (O Manel, quando nasceu, vinha assim. Não me assustei, porque achei-o o Alien mais lindo do universo)



2 - Halibut nunca! Lauroderme sempre! A velha receita é bem melhor que essas novidades que a CUF oferece.



3 - Não acreditem nas Dodot. Têm uns desenhos lindos mas o problema está nas abas (como, aliás, as senhoras bem sabem, por causa doutras prestações). Há fraldas melhores. Tentem.



4 -Comprem já um produto chamado Gripe Water. Não entrem nesse alcoólico mundo do Aero OM. O Gripe Water tem de ser encomendado nas farmácias, mas é remédio santo para as cólicas.



5 - Também é necessário uma caixinha de Bebé Gel, para quando nosso Paquito não quiser fazer. Mais: quando a aerofagia atacar e ele berrar que nem um louco às três da manhã, o truque é simples: cortar o fundo da bisnaga do Bebé Gel e enfiar no rabinho, para o gás sair. ATENÇÃO: nunca se coloquem directamente em frente à bisnaga aberta, dado o perigo de intoxicação.



Como diriam as velhas da minha aldeia: uma hora pequenina.



Aos restantes cibertulianos: os que têm filhos já compreenderam o que eu digo. Aos que ainda não têm, é bem mais agradável falar disto do que fazer um linque para o abrupto, o que não farei.

Setembro 23, 2003

Beira-Mar, 4 - Paços de Ferreira, 1

Miguel Marujo

«Um industrial de Paços de Ferreira foi à Noruega comprar madeira para a sua fábrica.

À noite, estava sozinho no bar do hotel, quando vê uma loira encostada ao bar.

Como não falava norueguês pediu ao barman um bloco e uma caneta e desenhou um copo com dois cubos de gelo. Mostrou-o à loira, ela sorriu e assentiu e foram tomar um copo.

De seguida começou a tocar música. Ele pega de novo no bloco e desenha um casal a dançar. Mostra-lhe, ela acena que sim, e vão dançar.

Quando regressam ao bar, ela pega no bloco e desenha uma cama, uma cadeira e uma cómoda. Mostra-lhe e ele diz: "Sim, sim, sou de Paços de Ferreira".
»



[Obrigado, Luís.]