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Cibertúlia

Dúvidas, inquietações, provocações, amores, afectos e risos.

Julho 24, 2003

Nêsperas

Miguel Marujo

Não sei se é do calor que falta.

Mas esta coisa do blog, já me começa a fartar.

Parece uma pescadinha de rabo na boca em que toda a gente fala do vizinho do lado sem dizer muito do que quer que seja.

Parece uma conversa de comadres.

Afinal para que serve a coisa???

Se vamos construir um espaço de reflexão e debate muito bem estou "in".

Mas se isto vai no sentido de ser um diário intimo onde se escrevem umas larachas estou o mais "out" possível.

Efectivamente não há pachorra para andar a saltitar de questão em questão.

Continua a ser aquela velha questão do Ver/Julgar/Agir que os velhos emecês ainda se lembram.

Quando passamos ao Julgar ??? Se é que devemos passar.

Afinal o que se deve ou pode escrever aqui ???

Por questão do espaço que é e das pessoas que o formam não consigo de deixar de encarar a Cibertúlia como um espaço de "Educação para a Mudança".

Se calhar devia ir para os metanojas e não tentar fazer deste espaço uma coisa que não é a sua vocação.

Quando o Diogo começou a escrever sobre Globalização tive esperança.

Neste momento com pouca fé, espero a vossa caridade.



"Estava uma nêspera em cima de uma cama sem fazer nada ..."



Notas:



Bem vindo Primo Galarza não sei quem és mas estou contigo.

Tatiana, Por quem não esqueci.

Miguel desculpa o pessimismo.

Nuno as postas continuam nas brasas ou ficaram esquecidas.

Cadê as gajas !!! (tema recorrente da Cibertúlia)

Julho 24, 2003

Assim de repente...

Miguel Marujo

... lembrei-me de uma coisa importantissima:

A vida é como uma corda, de tristeza e alegria, que saltamos a correr, pé em baixo, pé em cima, até morrer.

Não convém nem esticá-la nem que fique muito solta.

Bamba é a conta certa, como dança de ida e volta que mantém a via aberta.

Se saltares muito alto não tenhas medo de cair, de ficar infeliz.

Feliz a cem por cento só mesmo um pateta feliz.



Se calhar é por estar a passar na rádio... Ou pensavam que tinha sido eu a inventar? Não pá! É uma canção dos Clã. Vocês são mesmo ingénuos... Havia de ser o bom e o bonito agora dar-me para a poesia...



Mas se por qualquer motivo te sentes infeliz...

28 Razões porque é maravilhoso ser homem.

1. As conversas duram 30 segundos.

2. Sabes coisas sobre carros e tanques.

3. Nos filmes, os nus são quase sempre femininos.

4. As férias de 5 dias requerem apenas 1 mala.

5. As filas para a casa-de-banho são 80% mais curtas.

6. Os teus velhos amigos não se importam se emagreceste ou engordaste.

7. O teu cu não é um factor decisivo em entrevistas de trabalho.

8. Todos os teus orgamos são verdadeiros.

9. Dão-te mais valor pelo mais pequeno acto de inteligência.

10. Podes tomar banho e vestir-te em 10 minutos.

11. Se alguém se esquecer de te convidar para alguma coisa, ainda pode ser teu/tua amigo(a).

12. A tua roupa interior custa 5€ um pack de três.

13. Nenhum dos teus colegas de trabalho tem a capacidade de te fazer chorar.

14. Se tens 34 anos e és solteiro ninguém se importa.

15. Podes ser presidente.

16. As flores resolvem tudo.

17. Podes vestir uma camisa branca para ir a um sitio com muita água que salpique.

18. Podes despir a camisola quando faz calor.

19. Os mecânicos não te mentem.

20. Não te importas se ninguém repara no teu novo corte de cabelo.

21. Podes ver televisão com um amigo, em silêncio, durante horas, sem pensar: deve estar chateado comigo.

22. Há sempre um jogo na televisão.

23. As pessoas não deitam olhadelas ao teu peito quando estás a falar.

24. Podes ir visitar um amigo sem teres de lhe levar um presente.

25. Podes comprar preservativos sem que o empregado da loja te imagine todo nu.

26. Se alguém aparece numa festa com a mesma roupa que tu, podem ser amigos.

27. Só porque não gostas de uma pessoa não significa que não gostes de ter bom sexo com ela.

28. Com 400 milhões de espermatozóides de cada vez, podes duplicar a população da terra. Pelo menos teoricamente.



Digo eu...

Julho 24, 2003

Um blogue inteligente.

Miguel Marujo

É mais um blogue. Bom, útil. Verdadeiro serviço público, pelo menos para mim. É o Médico Explica Medicina a Intelectuais, que se propõe a ajudar os jornalistas e os outros interessados: «São tantos os dislates que se ouvem e lêem, por vezes inconscientes, que decidi esclarecer quem me procurar, para que os jornalistas (e outros intelectuais!) sejam o veículo para os 'media' não fomentarem a iliteracia científica.»



Eu - que tenho uma médica lá em casa, que às vezes se passa com a iliteracia científica dos jornais e jornalistas -, terei aqui um porto de abrigo para conselhos ou explicações. Mas (há sempre um mas) também ajudava, por vezes, que os médicos se soubessem explicar aos "intelectuais", para estes escreverem correctamente e de forma inteligível! [Quem fala dos médicos, pode acrescentar outros sectores da sociedade que se queixam da comunicação social - com razão, em muitos casos!]

Julho 24, 2003

Postas

Miguel Marujo

1. Vote-se ou não no Bloco, goste-se ou não das suas teses fracturantes, percebo Ivan Nunes a votar contra: aquilo não é um edifício muito saudável na sua "composição", é mais um albergue espanhol que - hélas! - resultou no regresso da UDP ao Parlamento.



2.Mais uma nota deliciosa sobre a irritação do presidente da câmara de Faro, por causa dos excessos policiais sobre os seus "motards" [ver "post" de ontem]: foi esse mesmo senhor que, no ano passado, perante os «excessos» dos "motards" exigiu maior rigor da PSP!



3.Há um blogue muito interessante na análise que faz à comunicação social portuguesa: Guerra e Pás, do jornalista Pedro Boucherie Mendes (e que se apresenta como o «Alverca do Abrupto»: «Sempre que o Abrupto me cita, as visitas aqui ao blog disparam, o que me faz sentir um pouco o Alverca do Abrupto, uma espécie de blog satélite»).



Acho que há ali muitos fios interessantes para desenrolar este novelo da comunicação social (para quando a análise aos jornais on-line?). Fazem falta espaços assim na própria imprensa (tirando a excepção tímida dos provedores do leitor e uma outra crónica mais académica).



Pelo meio, surpreendendo-nos, há pequenos momentos do quotidiano de P., como se assina ali. Arrepia ler o "post # 108" - «EU NÃO QUERIA IR PARA O CÉU» (procurem! já!). E há outro "post" que subscrevo na íntegra, por que me encontrei nessa situação ao ler este mesmo sítio:

«Um e-mail do velho amigo Groucho Marx acaba assim

andar a ler o teu blog levanta-me um problema - e se tu és um gajo até conhecido de quem eu não gosto nada? como é que eu ia ficar com a minha consciencia??

um abraço,

sossegando-o, dizendo-lhe que não sou famoso nem conhecido, pelo que é (quase) impossível que goste ou não de mim, acrescento que é este o ponto chave dos blogs.

A saber a possibilidade de gostarmos até dos que julgamos não gostar. Tolerância, portanto.
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