Janeiro 05, 2012
De Janeiro a Janeiro
Miguel Marujo
Repare-se: para mim não está em causa que tecnicamente a decisão da Jerónimo Martins seja inatacável, como Pedro Santos Guerreiro (e Elisabete Miranda) nos explica(m). O que para mim conta é que Soares dos Santos nos tenha andado a bater, como portugueses, classificando sempre de forma pouco meiga comportamentos e alegadas falta de empenho, produtividade e outras expressões que estes senhores debitam, ditos com uma banalidade confrangedora, como se comprova em vídeos apanhados ao acaso na internet. Dito isto: frei Tomás não deve ser invocado, nunca, por quem nos andou a atirar à cara com um moralismo aviltante e agora foge às suas responsabilidades morais.
É isto: o senhor pode ter as contas todas certinhas e continuar a pagar parte dos impostos cá, mas não se diga (e aqui critico PSG) que «é assustador ver tanta opinião instantânea sobre o que se desconhece». Nisso, Soares dos Santos foi o filho pródigo. Sabe-lhe bem agora pagar tão pouco.