Julho 03, 2011
Quase ao meio-dia
Miguel Marujo
Durante a noite não teve sossego, carros a passar, gente a rir alto - bêbados, pensou. Vingou-se pela manhã, apesar da cidade que despertava lentamente, e deixou-se ficar na cama, bem protegido pelo saco-cama, que o dia acordou murcho, fresco. O sem-abrigo da rua do centro de Lisboa puxou as orelhas da cobertura, virou-se e continuou a dormir.