Janeiro 06, 2011
Coisas óbvias
Miguel Marujo
Armas roubadas de um quartel dos comandos leva à questão óbvia: nem os militares de elite protegem ou estão imunes a tentações de dinheiros fáceis, apesar do que ganham. Pensar isto, é pensar - como o PCP - que devíamos voltar ao serviço militar obrigatório. Não. Pensar isto, é pensar ainda mais radicalmente: acabar-se com as Forças Armadas, fonte de despesismo (submarinos, blindados, armas) sem qualquer mais-valia para o país. As funções óbvias de soberania (protecção e controlo das águas territoriais, segurança do território) seriam adequadamente realizadas por um corpo de polícia marítima e terrestre. O resto, a fantasia do perigo invasor, é coisa do século passado. As fronteiras diluem-se, e as armas não merecem existir: o mundo seria um lugar muito mais seguro.