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Cibertúlia

Dúvidas, inquietações, provocações, amores, afectos e risos.

Março 23, 2009

Preservarmo-nos

Miguel Marujo

O Expresso tentou capitalizar um possível efeito preservativo, como em 1992. Acho que ninguém ligou. Provará duas coisas: a sociedade portuguesa está mais secular, sim; a censura, venha ela de onde vier, é coisa cada vez mais ultrapassada - a sociedade e a democracia estão muito mais maduras.

3 comentários

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    Miguel Marujo

    23.03.09

    oh Nuno, cansa um pouco esta coisa de católicos a sacudir a água do capote do Papa... ele é um rapaz crescidinho, sabe bem o que diz, no caso o que disse e porque o disse assim. A interpretação maldosa é aquela que o Vaticano tem defendido desde sempre, mesmo que contra o trabalho no terreno. Sinceramente: é importância a mais dada a um jornalista que armadilhou uma questão para fazer manchetes! Manchetes quis o Papa fazer ao dizer o que disse. Os jornalistas têm as costas largas, de facto, para o mal e para o bem. E a morte de milhões com VIH-sida em África, e no resto do mundo, é um assunto demasiado sério, para ser tratado levianamente pelo Papa ou para aquelas afirmações, por muito breves que sejam, não serem tratadas como foram: com destaque, em manchete. Factuais, sem maldosas interpretações.
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    Nuno Gaspar

    23.03.09

    Oh Miguel, olha que também cansa um bocadinho esta idéia de que para ser católico progressista é preciso criticar constantemente o Papa e os bispos com dois ou três temas marginais recorrentes, embaciando tudo o que de relevante eles tentam fazer. Também eu não fiquei particularmente feliz com a eleição deste Papa e não aplaudo algumas das suas posições tomadas recentemente relativamente a grupos mais tradicionalistas (ou melhor, aplaudia se a abertura e compreensão que mostrou fosse extensível a outras franjas da Igreja). Nem me parece que seja a sexualidade o tema forte em que a Igreja tenha coisas muito importantes para dizer às pessoas. Assunto para outro dia. O que é facto é que Bento XVI fez em Angola uma intervenção corajosa de denúncia da situação em que o povo vive e das fraquezas do regime que o governa como nunca se tinha visto a outro dirigente político ou religioso. E as carpideiras do costume encalham no tema habitual, com as posições de todos conhecidas, como se nada de mais relevante se passasse. Não vale a pena atirar com demagogias dos milhões de mortos com a sida. Acho que ninguém os deseja, todos os tentam evitar, e certamente têm morrido menos por evitar sexo promíscuo do que por não usar preservativo por recomendação do Papa. Aliás nunca o ouvi recomendar a sua não utilização.
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