Janeiro 30, 2009
O situacionista (correspondência inédita de JPP)
Miguel Marujo
[um regresso instantâneo à terrinha]
Antes de partir para Belém, falei do verdadeiro situacionista, Pacheco Pereira. Espreitei hoje o seu Abrupto-Povo Livre para constatar que
1) Pacheco Pereira regressou a 1975, onde os meninos do MRPP gostariam de ditar a voz do povo, em todos os jornais.
2) José foi em tempos de Casa Pia uma voz quase rara de alguma lucidez na histeria antipedófilos-todos-arrumadinhos-no-PS, mas agora, porque lhe dá jeito, inverte o discurso e usa o argumentário que antes criticou para atacar o PS e Sócrates. Basta escrutinar o que o senhor escrevia, apesar de ele não gostar de escrutínios.
3) Ainda comentei por mail, também antes da partida, a atitude dele no seu blogue. Apesar de ele publicar mails dos seus leitores, dizendo que eles fazem o Abrupto, está visto que é muito selectivo nos leitores. Como nada publicou, deixo aqui essa correspondência inédita de JPP:
Pasmo com a análise furiosa que o sr. se presta ao caso Freeport. Tanta luva de pelica com outros casos de justiça morrem por terra na sua análise a este caso, talvez (retiro talvez), apenas porque envolve José Sócrates.
Curioso, curioso, nunca lhe li uma linha abrupta com o mesmo apontar de dedo sistemático sobre o estranho caso dos sobreiros de Benavente e o militante Jacinto Leite Capelo Rego do CDS, nos tempos de Durão-Portas. Mais: o sr. sublinhou a mentira grosseira de Manuela Ferreira Leite sobre a Lusa e o TGV e Espanha, sem nunca cuidar do bom nome do jornalista correspondente em Madrid.
O situacionismo é o que lhe convém. Apenas e só.