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Cibertúlia

Dúvidas, inquietações, provocações, amores, afectos e risos.

Fevereiro 12, 2016

Sanders por ele próprio. Sem intermediários

Miguel Marujo

Confesso que não compreendo a insistência de alguns jorna(l)is(tas) desta nossa praça em compararem Bernie Sanders e Donald Trump como "populistas", repetindo ad nauseam o argumentário de setores republicanos, como se "Tramp" fosse comparável no esgoto que é... Se esses senhores pelo menos se preocupassem em ler e ouvir o original.

 

 

"A lot of Donald Trump's supporters are angry. They are in many cases people who are working longer hours for low wages, they are people who are worried about what's going to happen to their kids. But I think what they have done is respond to Trump's false message, which suggests that if we keep Muslims out of this country or if we keep scapegoating Latinos or Mexicans then somehow our country becomes better. I think that's a false solution."

Fevereiro 09, 2016

Mais impostos. Diz quem?

Miguel Marujo

Escrevi isto no DN de ontem. E não vi ninguém desmentir. Mas andam todos a falar de mais impostos. Mais impostos? Diz quem? Paga quem?

«O filme para os próximos dias já tem guião escrito, mas ao virar de cada página o argumento varia conforme as personagens. Os números servem-se para todos os gostos: para PSD e CDS, o Orçamento do Estado (OE) do Governo representa um “gigantesco aumento de impostos”; já António Costa afirmou que com sociais-democratas e centristas estaríamos a pagar mais se estivessem no executivo.
Em abono da sua tese, o secretário-geral do PS e primeiro-ministro lembrou – no sábado, numa sessão de esclarecimento sobre o OE – o Programa de Estabilidade entregue pelo anterior governo de coligação em Bruxelas. Este documento previa para este ano de 2016 (na sua página 98) uma receita total de impostos que representava 25,6% do PIB, enquanto que o relatório do Orçamento do atual Governo antecipa 25,2% do PIB em receitas fiscais – menos 0,4%.
O contexto macroeconómico é também outro: PSD e CDS queriam atingir um défice de 1,8%, quando o PS acordou 2,2% com Bruxelas. O esforço para chegar aquele défice seria maior e poderia passar por mais impostos, uma vez que, na altura, a coligação não explicou que medidas aplicaria para atingir esse valor.»
[in DN de segunda-feira, dia 8]