Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Cibertúlia

Dúvidas, inquietações, provocações, amores, afectos e risos.

Junho 30, 2015

Das pausas

Miguel Marujo

AC capa.jpg

Este blogue deixou a birra da miúda perante Obama ali postada semanas a fio e parecia ter ido a banhos, até sair dessa modorra pelo impulso destes tempos perigosos. Tudo também por causa disto: o livro que eu e o Octávio andámos a preparar durante estes últimos meses está em letra de forma para ser colocado nas livrarias já na quinta-feira, dia 2. A apresentação do livro será a 14 de julho, mas depois daremos conta. 

Junho 28, 2015

«Não sou nem ateniense, nem grego, mas sim um cidadão do mundo.»

Miguel Marujo

Ulysses' Gaze (To vlemma tou Odyssea, 1995)
filme de Theodoros Angelopoulos; música de Eleni Karaindrou

 


[recupero do mural do facebook do Filipe Santos Costa este apontamento, já com uns dias; diz tudo, diz muito; sei que ele me desculpa esta partilha mais generalizada...]


«Pequeno apontamento histórico: quem colocou a Grécia no ponto a que a Grécia chegou não foi o Syriza, nem Tsipras, nem Varoufakis. Quem deixou a Grécia no precipício foi uma oligarquia que responde pelo nome de dois partidos, PASOK e Nova Democracia, que alternaram no poder desde o fim da ditadura, em 1974. Foi essa rapaziada que durante décadas comprou o voto dos eleitores com empregos no Estado e fechando os olhos a esquemas de corrupção e fuga ao fisco mais ou menos institucionalizados.
Sim, são esses mesmos que a sra Merkel agora elogia, e, supostamente, são o modelo a quem a sra Lagarde se refere como os "adultos". Sim, essa tropa fandanga é que era adulta e respeitável e responsável.
Irresponsáveis, claro, são estes agora, que cometeram o crime de romper com o bom velho rotativismo de aldrabões engravatados.
Não admira que a Alemanha (e, sucedaneamente, a "Europa") os trate como se tivessem sarna. É que o problema da sra Merkel não é com os gregos, nem com as pensões dos gregos, nem com os funcionários públicos gregos. O problema da sra Merkel (como da Sra Lagarde) é com os gregos que elas não controlam. Isto tem um nome: xenofobia política.»