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Cibertúlia

Dúvidas, inquietações, provocações, amores, afectos e risos.

Julho 30, 2007

Muito calor

Miguel Marujo


O senhor Alberto acompanhado do senhor Luís ensandeceram sob o sol e a bebida do Chão da Lagoa. E querem dizer-nos que são respeitáveis. [foto Lusa]

Julho 28, 2007

Da música e dos livros e dos filmes

Miguel Marujo

Da minha santíssima trindade pessoal estamos conversados: trago-os aqui, volta e meia, não por mero exercício de vaidade crítica (olha-me este! vê-se bem que lê todas as bíblias para debitar sentenças, diriam os leitores), mas porque gosto de dar aos outros aquilo que é mesmo bom. E antes que a ASAE e a PJ me fechem a Cibertúlia por partilha de ficheiros, prefiro revelar os sítios onde se podem adquirir coisas boas.

Julho 28, 2007

Lisboa

Miguel Marujo

Cheira bem/Cheiras vem
Então vem/vem-te a Lisboa
Sabes bem/sabes quem...
Sobes? Vem! Desce a Lisboa



Sair à rua pode ser perigoso, descer ao Chiado depois de prolongada abstinência ainda mais. A FNAC transtorna-me, e à bolsa, e saio de lá com algo mais que a prenda necessária. E trago comigo «Lisboa», compilação de uma nova editora (Lisbon Records), com temas inéditos (excepto um ou dois). E divirto-me a ouvir um Rui Reininho portuense enamorado como um «amante preguiçoso» ou a voz da Mitó em A Naifa, das melhores descobertas dos últimos anos. E depois há os clássicos. Rodrigo Leão, The Gift, Danças Ocultas ou a voz da Sétima Legião a cantar a «magnífica luz». Lisboa é isto: pessoas diferentes, vozes únicas, poemas de amor, cores e credos. Bendita perdição, o Chiado.


[excerto da letra de O Estranho Caso do Amante Preguiçoso, de Rui Reininho, por Armando Teixeira e Rui Reininho]

Julho 28, 2007

Verdete

Miguel Marujo

Passeie-se pelas ruas de Campo de Ourique, ali nos Prazeres: verde a despontar por entre as pedras da calçada. Não é poesia. É sujo, verdete, erva que não é cortada, calçada so typically green. É uma cidade descuidada, esta. À espera de uma autarquia que funcione. Seis anos a ver um túnel a ser aberto, é tempo demais para uma cidade.

Julho 27, 2007

A banhos

Miguel Marujo

O Correio da Manhã descobre hoje em manchete aquilo que todos os anos acontece: o bispo de Aveiro, António Francisco, vai às praias, no mês de Agosto. Já o anterior, António Marcelino, o fazia - de batina ou de calções de banho. A surpresa só pode ser de quem gosta de pensar a Igreja numa quadratura de círculo esclerosada, ensimesmada e fechada na sacristia. Que também a há, mas que não é única, nem maioritária. Eu, por mim, lamento que (depois da praia) o senhor bispo não vá à fábrica, mas isso, é outra história.

Julho 27, 2007

Editorial

Miguel Marujo

«Cheias afectam cerca de 100 mil pessoas
As agências humanitárias estão a acelerar a ajuda alimentar e de "kits" de saúde para a região afectada.»

Não, não é no Reino Unido, é no Sudão. Alguém leu?

Julho 27, 2007

Homer

Miguel Marujo

O pai Simpson aqui tanto tempo parado foi um acaso. Mas sabe bem o humor e a ironia deste tempo parado. Olhar as gordas dos jornais e perceber que este fim-de-semana temos de ir ao cinema. Com o pai Homer ou o verde ogre ou os aceleras do Tarantino.

Julho 26, 2007

Mais natalidade?

Miguel Marujo

«O ministro do Trabalho e da Solidariedade Social considera que uma medida de estímulo à natalidade é ter creches com horário alargado, apontando como exemplo ideal 24 horas de funcionamento. A ideia será ter mais filhos quanto menos os tivermos que ver.
Não terá posto o Sr. ministro a hipótese de que teríamos mais filhos se tivéssesmos mais tempo para eles. Se a licença de maternidade/paternidade fosse alargada e paga. Se o pai e/ou a mãe pudessem diminuir o número de horas de trabalho para acompanhar os filhos. Se as escolas não fechassem em Agosto. Se o Estado estimulasse as grandes empresas a ter creches próprias.

E evitem-se os prematuros para não perder um ou dois meses de subsídio pré-natal!»
[in Dias de uma princesa]

Julho 25, 2007

Geração rasca (ou critica sempre os outros apesar de eu ter feito bem pior)

Miguel Marujo

Cito: "José Manuel Fernandes conta [ontem] no seu jornal como era «revolucionário» aos 17 anos e como liderou a malta dos liceus em Lisboa para não haver exames do antigo sétimo ano em 1975". O mesmo JMF que acha qualquer reivindicação estudantil e universitária dos dias de hoje leviana e sem fundamento, apesar de todas elas serem fundamentadas e pensadas, e não meras leviandades de quem acordou uma manhã livre (felizmente) e queria dar uns sopapos nos gajos do PCP (era lá com eles), que foi como pelos vistos a coisa se passou nesse dia.

Julho 25, 2007

Ibéria

Miguel Marujo

José Saramago plantea la unión de España y Portugal y los dos países recelan,

... escreve o El Mundo, sobre as declarações que tantos se apressaram a desprezar, criticar ou gozar... mas ninguém cuidou de procurar pontos de vista (para além do económico) que nos dissesse um pouco mais... a não ser o El Mundo...

pero van las chicas Playboy y hasta se ofrecen voluntarias como embajadoras para la Iberia del nobel: «Seguro que a nosotras nos harían mucho más caso», presume Wilma González.

... Tal e qual. Este é o ponto de partida inesperado e delicioso de uma reportagem do suplemento «nove e semanas e meia de Verão» do jornal de referência espanhol. No fim, uma certeza: neste aspecto, Portugal não precisaria de união. A vitória é clara: 2-0. Afinal...

A Sara Santos, morena lisboeta, le falta su descaro, pero compensa su timidez alegrando al personal con la cara de no haber salido nunca de su madriguera.

Julho 25, 2007

Ser solitário assim...

Miguel Marujo

Hola, soy el Solitário, disse o assassino que os espanhóis mais procuravam, frente a uma multidão ululante e a câmaras frenéticas. Aquela frase, naquele contexto, era um paradoxo. Ele era tudo menos um solitário, ali. A frase pode ser dita com muito mais propriedade pelo homem barbudo que se senta no banco da Avenida da Liberdade, de cartões e sacos na mão e pombos em volta a falar só. Sou um solitário, diz ele, sem dez segundos de fama, nem mortos no currículo.

Julho 24, 2007

Irrelevante

Miguel Marujo

A Cátia de 10 anos cose os sapatos sem que ninguém saiba, depois de vir da escola - uns cinco euros por dia. O pai está desempregado, a mãe faz limpezas. A família tem direito ao rendimento mínimo. Ontem, por 30 euros, um grupo de crianças foi fazer de aluno a uma sala de aula recriada no CCB. Qual é a diferença? Nenhuma. Um é glamouroso, o outro não. Uma é socialmente censurada, a outra a própria ministra da Educação disse que é irrelevante.

Julho 23, 2007

21h02

Miguel Marujo

Saio para a rua e vejo a noite a colorir o céu. Os dias longos encolhem, o Verão vai murcho, mas apetece muito estes dias - e noites.


[A solução de Pilatos era no Verão termos a hora da Europa e no Inverno regressarmos à portuguesa. Dias a perder de vista no calor, dias maiores no frio.]

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